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Teer㠖 Um dia antes de se encerrar o prazo dado pelas Nações Unidas ao Irã para suspender o enriquecimento de urânio, o presidente iraninao, Mahmoud Ahmadinejad, disse que se algum país tentar invadir o Irã, seu governo o marcará com o "arrependimento e a vergonha", segundo a agência local Isna.

O polêmico programa nuclear do Irã será discutido hoje pelo Conselho de Segurança da ONU, onde o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El Baradei, apresentará um importante relatório sobre o estado do plano iraniano.

Ahmadinejad, que fez estas declarações diante de milhares de iranianos na cidade de Zanyan, 320 quilômetros a oeste de Teerã, acrescentou que seu país está disposto a falar "sobre a paz". "Não somos favoráveis a invasões nem injustiça, e também não toleramos que as apliquem a nós", disse o presidente iraniano.

EUA, Reino Unido e França defendem a adoção de algum tipo de sanção caso o Irã não atenda à solicitação. Rússia e China, os outros dois membros permanentes do conselho, se opõem até agora a qualquer embargo. O Irã apresentou ontem à AIEA mais dados sobre seu programa, num esforço de última hora para amenizar o tom do relatório. Diplomatas duvidavam, entretanto, que isso pudesse surtir algum efeito.

Em seu discurso, o chefe do governo de Teerã lembrou que seu país teve acesso à tecnologia para produzir energia nuclear graças ao esforço dos jovens iranianos, e que ninguém pode negar esse direito ao Irã. O líder iraniano insistiu em que o Irã é um país que entrou no clube nuclear, mas não representa um perigo para nenhum país.

O Irã recebeu seu primeiro lote de mísseis terra-terra BM-25 capazes de atingir alvos em países da Europa Central, entre eles Romênia, República Tcheca e até a Itália. A afirmação foi divulgada ontem pelo jornal israelense Haaretz. Os mísseis que teriam chegado a Teerã vindos da Coréia do Norte, têm alcance de 2.500 km e capacidade de levar ogivas nucleares. As informações foram atribuídas a autoridades israelenses que falaram sob anonimato por não estarem autorizadas a tratar do assunto com a imprensa.

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