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Juan Manuel Santos, o presidente da Colômbia, depois de votar ontem em Bogotá | Fotos: Leonardo Muñoz/Efe
Juan Manuel Santos, o presidente da Colômbia, depois de votar ontem em Bogotá| Foto: Fotos: Leonardo Muñoz/Efe

50,9% dos votos reelegeram ontem o presidente Juan Manuel Santos, no pleito colombiano ocorrido no último fim de semana. O adversário Óscar Ivan Zuluaga, apadrinhado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, ficou com 45%.

  • Eleitores comemoram o resultado, com Santos vencendo o adversário Óscar Ivan Zuluaga

De virada, o presidente colombiano Juan Manuel Santos, de 62 anos, foi reeleito ontem para um novo mandato. Revertendo a derrota no primeiro turno, no último dia 25, o mandatário obteve 50,9% dos votos, contra 45% obtidos por Óscar Ivan Zuluaga.

O resultado representa uma dura derrota para o ex-presidente Álvaro Uribe, que apadrinhava a candidatura de Zuluaga e esperava voltar a influenciar a política nacional com a vitória deste.

Nas últimas semanas, San­­tos reforçou o discurso em defesa do acordo de paz com as Forças Armadas Re­­volucionárias da Colômbia (Farc), iniciado em Havana há 18 meses, e anunciou negociações com o Exército de Libertação Nacional (ELN). A Colômbia enfrenta 50 anos de conflito com as guerrilhas, que causou mais de 250 mil mortes e o deslocamento de 5 milhões de pessoas de suas casas.

O presidente também reforçou a propaganda sobre os êxitos econômicos de seu governo. O país tem uma perspectiva de crescimento de 4% em 2014, e, durante sua gestão, baixou os índices de desemprego, inflação e informalidade.

Além disso, recebeu adesões à esquerda, como a da líder do Pólo Democrático, Clara Lopez, e do verde Antanas Mockus, e à direita, com parte do partido conservador. Intelectuais, artistas e acadêmicos de diferentes vertentes ideológicas também defenderam Santos como única alternativa para alcançar a paz.

Já Zuluaga, cuja publicidade é comandada pelo brasileiro Duda Mendonça, preferiu direcionar sua campanha para outras questões, como a violência urbana e a educação. Um comercial que mostrava uma mulher enraivecida atirando laranjas teve efeito negativo, ao reforçar o rancor social.

Sua defesa de interrupção das negociações com as Farc causou um incômodo também do ponto de vista internacional, levando a ONU a defender a reeleição de Santos.

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