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Um tribunal venezuelano aceitou um pedido do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, contra os diretores da empresa proprietária do jornal TalCual e um jornalista acusados de difamação, informou nesta quinta-feira o jornal.

Em editorial assinado pelo diretor Teodoro Petkoff e publicado no portal do jornal, o TalCual explicou que uma juíza de Caracas aceitou a demanda assim como medidas cautelares contra os quatro membros do conselho diretor e o articulista Carlos Genatios.

As medidas cautelares consistem da proibição de sair do país e a apresentação semanal diante de um tribunal.

Na queixa, Cabello afirma que o jornal inventou declarações suas, "mentindo descaradamente sobre algo que jamais disse".

"Depois de me difamar e de me caluniar agora o cara mau sou eu" escreveu Cabello no Twitter. "Minha demanda contra seu ódio segue firme", completou.

A demanda judicial começou quando Genatios, que se afastou do ex-presidente Hugo Chávez logo após ser ministro de Ciência e Tecnologia no primeiro governo chavista, afirmou que Cabello havia dito que "os que não gostam da insegurança que partam ( do país)". O tema da segurança é um dos mais sensíveis da Venezuela na atualidade.

No editoral, o TalCual afirma que Cabello desmentiu a informação depois, mais que Genatios "obviamente não ficou sabendo".

De acordo com o artigo 442 do Código Penal, a difamação mediante um documento escrito e difundido de forma pública pode ter pena de dois a quatro anos de prisão.

A Sociedade Interamericana de Imprensa criticou no fim de fevereiro a suposta "censura informativa aplicada na Venezuela" pelo governo Nicolás Maduro e disse que essa censura se manifesta com o "trato hostil contra jornalistas e meios de comunicação".

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