• Carregando...

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, esclareceu nesta terça-feira que ainda mantém a ordem dada às Forças Armadas para que combatam as Farc, depois que um de seus assessores mencionou a possibilidade de um cessar-fogo bilateral a curto prazo.

Em mensagem publicada em sua conta no Twitter, o líder afirmou que as "instruções às Forças Armadas não mudaram" e que "o cessar-fogo bilateral será discutido quando chegar o momento" adequado nas negociações de paz.

Com esta mensagem, Santos foge da polêmica que surgiu hoje na Colômbia pelas palavras de um de seus assessores internacionais, o ex-chanceler israelense Shlomo Ben-Ami, que em várias entrevistas cogitou uma trégua enquanto as negociações continuam.

"A possibilidade de não haver terrorismo e de se chegar a uma trégua bilateral está mais próxima que antes. Os avanços nas negociações indicam que a desconexão entre a guerra na Colômbia e o que está se negociando em Cuba tem que acabar", disse Ben-Ami.

As palavras repercutiram muito e provocaram a reação, entre outros, do presidente da Associação de Oficiais Retirados das Forças Militares (Acore), general Jaime Ruiz, que recusou taxativamente acabar com as ofensivas militares antes de assinar a paz.

"Por norma legal e constitucional, as Forças Militares devem cumprir a tarefa que lhes é correspondida. Enquanto esta organização (as Farc) estiver armada de maneira ilegal, constitui uma ameaça. E como ameaça é preciso enfrentá-la", afirmou Ruiz.

No país, rege desde o dia 20 de dezembro um cessar-fogo unilateral e indefinido das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que repetiram diversas vezes que, para favorecer o avanço dos diálogos, é necessário um cessar-fogo bilateral.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]