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Otto Pérez Molina momentos antes de falar à imprensa nesta segunda-feira (31) | JORGE DAN LOPEZ/REUTERS
Otto Pérez Molina momentos antes de falar à imprensa nesta segunda-feira (31)| Foto: JORGE DAN LOPEZ/REUTERS

O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, descartou nesta segunda-feira (31) renunciar e disse que enfrentará as acusações de corrupção pela via legal, apesar da pressão crescente das ruas para que se demita a poucos dias das eleições de 6 de setembro.

A Procuradoria-Geral e a Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (CICIG) acusam Pérez Molina de comandar uma poderosa máfia aduaneira que fraudava o fisco junto com sua ex-vice-presidente, Roxana Baldetti, que já foi acusada e está em prisão preventiva.

No sábado, uma comissão legislativa recomendou retirar a imunidade do presidente para que ele possa ser processado, mas a decisão ainda tem que ser aprovada por 105 dos 158 deputados do fragmentado Congresso, que iniciará a discussão sobre o processo na terça-feira.

“Não recebi um centavo dessa estrutura fraudulenta que andou roubando o dinheiro dos guatemaltecos”, declarou o mandatário após vários dias de silêncio, durante os quais os cidadãos protestaram para exigir sua saída do poder.

A assessoria legal do presidente interpôs um recurso contra a manobra para adiar a votação no Congresso, prevista para esta semana e que, se for aprovada por dois terços da câmara, poderia levar à sua prisão e indiciamento.

Pérez Molina insistiu que sua permanência no cargo, mesmo com a renúncia de boa parte de seu gabinete, dará mais estabilidade ao processo eleitoral de domingo, no qual nenhum dos principais candidatos deve obter a maioria necessária para evitar um segundo turno em outubro.

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