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O primeiro-ministro italiano Mario Draghi deixa o Palácio do Quirinal após conversar com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, em Roma, nesta quinta-feira
O primeiro-ministro italiano Mario Draghi deixa o Palácio do Quirinal após conversar com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, em Roma, nesta quinta-feira| Foto: EFE/EPA/MASSIMO PERCOSSI

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, não aceitou nesta quinta-feira (14) a renúncia do primeiro-ministro, Mario Draghi, e o encarregou de comparecer ao Parlamento para verificar se ainda conta com maioria para governar.

“O presidente da República não aceitou a renúncia e convidou o primeiro-ministro a se apresentar ao Parlamento para dar explicações e para que seja feita nessa sede uma avaliação da situação criada após os debates de hoje no Senado”, diz o comunicado do governo.

Draghi se dirigiu a Mattarella para apresentar a renúncia após um dos principais parceiros da coalizão de unidade nacional, o Movimento Cinco Estrelas (M5S), não tê-lo apoiado em uma moção de confiança no Senado.

O premiê já tinha avisado que não governaria sem o M5S, embora a sua saída da coalizão não impedisse a sua continuidade, uma vez que continuou a contar com o apoio de uma confortável maioria parlamentar.

O último impasse entre Draghi e o líder do M5S, Giuseppe Conte, o seu antecessor no cargo, foi um decreto com ajudas contra a inflação que o partido considera “insuficiente” e que critica por incluir medidas como o financiamento de um incinerador de resíduos para a cidade de Roma.

Anteriormente, houve desacordos notórios, dado o receio do M5S sobre continuar armando a resistência ucraniana.

A coalizão de unidade nacional, que Draghi lidera desde fevereiro de 2021, ficou nesta quinta-feira dividida entre os partidos que o incentivam a continuar no cargo e os que pedem uma eleição antecipada em vez de esperar pelo fim do mandato, em março de 2023.

Entre os primeiros, aqueles que o convidaram a “verificar” se ele tem maioria parlamentar, estão o Partido Democrático (centro-esquerda); o Itália Viva, de Matteo Renzi; e o Juntos pelo Futuro, a cisão do M5S liderada pelo atual ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio.

No entanto, o direitista Matteo Salvini, também da coalizão, pediu para não temer uma eleição antecipada.

A mais interessada em votar foi Giorgia Meloni, chefe do Irmãos de Itália, de direita, que como única oposição a Draghi até o momento é a que mais rapidamente cresceu em todas as pesquisas.

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