• Carregando...
Moradores de Slaviansk passam por barreira controlada por separatistas, no leste ucraniano | Shamil Zhumatov/Reuters
Moradores de Slaviansk passam por barreira controlada por separatistas, no leste ucraniano| Foto: Shamil Zhumatov/Reuters

Gazprom

Kiev confirma corte de gás russo, mas garante abastecimento para UE

Efe

A Ucrânia confirmou ontem o corte do fornecimento de gás procedente da Rússia, mas assegurou que garantirá o envio do combustível para os consumidores europeus. "Temos informação sobre a queda a zero do fornecimento para a Ucrânia", disse o ministro da Energia ucraniano, Yuri Prodan. Segundo o ministro, a Ucrânia receberá apenas o volume destinado para a União Europeia e o "trânsito seguro para os países europeus está garantido". "Ficará só o volume do trânsito para a UE, que são 185 milhões de metros cúbicos [diários]", afirmou. Prodan, no entanto, ressaltou que o corte não impedirá o abastecimento de gás aos consumidores ucranianos.

O ministro disse que as reservas à disposição da Ucrânia permitirão um fornecimento até dezembro.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou ontem ter ordenado que as tropas recuperem o controle da fronteira com a Rússia para abrir caminho para uma trégua e para conversas de paz depois de semanas de combates com separatistas pró-Rússia.

Poroshenko não disse quanto tempo deve durar a trégua no leste ucraniano, onde os rebeldes têm se manifestado contra o governo central de Kiev, mas disse que só pode começar se a longa e porosa divisa estiver segura.

Os comentários ressaltaram a preocupação de que a Rússia esteja apoiando os rebeldes enviando tanques, armas e combatentes pela fronteira, especialmente depois que os separatistas abateram um avião militar de transporte no sábado. A Rússia nega a acusação.

"O cessar-fogo será declarado assim que a fronteira estiver segura", declarou Poroshenko em uma reunião do conselho de segurança, que agrupa chefes da segurança e da defesa. "Declarar um cessar-fogo enquanto a fronteira está aberta seria irresponsável."

O secretário do conselho de segurança ucraniano, Andriy Parubiy, disse mais tarde que a Ucrânia planeja construir estruturas não especificadas na divisa para reforçá-la e demarcá-la mais claramente do lado ucraniano, mas não entrou em detalhes.

Poroshenko convocou o conselho depois de prometer uma resposta firme à derrubada do avião perto da cidade de Luhansk, no leste conflagrado, que matou 49 militares.

Mas os comentários sugeriram que, em vez de atingir os rebeldes com toda a força do Exército, ele deve levar adiante sua política de duas vias: buscar um acordo de paz e permitir que civis sejam retirados enquanto pressiona com uma campanha militar.

A reação inicial dos rebeldes às ideias de Poroshenko foi desdenhosa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]