• Carregando...
Congressistas já haviam pedido que Obama parasse de apoiar retorno de Zelaya à presidência | Reuters
Congressistas já haviam pedido que Obama parasse de apoiar retorno de Zelaya à presidência| Foto: Reuters

O presidente de facto de Honduras, Roberto Micheletti, se encontrou nesta sexta-feira (2) com os congressistas norte-americanos que haviam pedido ao governo do presidente Barack Obama que parasse de dar apoio ao retorno do presidente hondurenho, Manuel Zelaya, destituído do poder.

Zelaya foi derrubado por um golpe de Estado em junho e na semana passada entrou clandestinamente em Honduras, onde obteve abrigo na embaixada brasileira. O presidente hondurenho deposto havia irritado as elites de seu país por causa de seus laços com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, um feroz crítico dos EUA.

O impasse hondurenho é o primeiro teste importante para Obama na América Latina, depois de ele ter prometido um novo envolvimento com a região, a qual manteve relações difíceis com os EUA quando George W. Bush era o presidente.

Autoridades norte-americanas vêm se empenhando pela recondução de Zelaya ao poder, mas criticam seu retorno de surpresa. O país pressionou os aliados de Micheletti por meio do corte de ajuda e da revogação de vistos para os EUA. No entanto, Obama se distanciou de medidas mais duras, tais como sanções comerciais.

Antes do encontro com Micheletti, o senador republicano Jim DeMint criticou o Departamento de Estado dos EUA por apoiar o retorno de Zelaya ao poder e disse que a diplomacia norte-americana tentou bloquear sua visita a um governo de facto que Washington não reconhece.

"O apoio cego do presidente Obama e dos democratas a esse ditador em potencial e amigo de Hugo Chávez vai impedir membros do Congresso de saberem a verdade em primeira mão", disse DeMint, membro do comitê de Relações Exteriores do Senado, em um comunicado em sua página na Internet.

Micheletti está sob crescente pressão internacional por ter imposto por decreto medidas de emergência para coibir manifestações pró-Zelaya em volta da embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde o presidente deposto está há 11 dias com sua família e partidários.

O decreto suspendeu algumas liberdades civis e fechou duas estações locais que apoiam o líder deposto, o que desencadeou críticas do governo dos EUA e da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os EUA, a ONU e mesmo alguns de seus partidários locais pediram a Micheletti que remova o decreto, mas ele resiste, já que o impasse se aproxima das eleições de novembro, que segundo ele, vão resolver a crise.

No entanto, Micheletti voltou atrás em sua ameaça de fechar a embaixada brasileira na semana que vem se Zelaya não recebesse asilo ou fosse entregue às autoridades hondurenhas para ser julgado por traição.

Soldados depuseram Zelaya em 28 de junho e o enviaram para o exílio depois que a Suprema Corte ordenou sua prisão. Críticos dizem que ele buscava ilegalmente apoiou para emendar a Constituição para eliminar a proibição de reeleição presidencial. Zelaya nega a intenção de permanecer no poder.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]