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O presidente e editor-chefe do jornal chinês "New Express", que em outubro surpreendeu publicando em sua capa uma manchete que pedia a libertação de um de seus redatores, foi despedido, enquanto continua a campanha das autoridades chinesas e a propaganda contra esta publicação "rebelde".

A demissão de Li Yihang, até agora presidente deste jornal com sede em Cantão (sul da China), foi anunciada por outra publicação do mesmo grupo editorial, o "Yangcheng Evening News", que também informou que Liu Hongbing, homem do Partido Comunista da China na empresa, assume o cargo.

Outro membro do partido, Sun Xuan, será o novo editor-chefe, enquanto outros cargos da direção do jornal também serão substituídos, destacou o jornal.

O "New Express" ficou famoso na semana passada dentro e fora da China quando, durante dois dias consecutivos, na capa e com enormes letras pretas, publicou a frase "Liberte-o", pedindo a libertação de um jornalista da redação, Chen Yongzhou, detido após publicar artigos críticos ao gigante da construção chinês Zoomlion.

Chen, que acusava a Zoomlion de fraude financeira em seus artigos, apareceu publicamente poucos dias depois, no canal televisivo nacional "CFTV", assegurando que tinha sido pago por terceiros para publicar seus "rumores".

Alguns setores da sociedade chinesa expressaram suas dúvidas sobre essa confissão em meio a esta nova tendência que surgiu na China de "admitir irregularidades" na televisão nacional, antes inclusive que sejam apresentadas acusações formais.

Um dos últimos destes casos foi o do popular blogueiro chinês Charles Xue, que, após ser detido em agosto, usou um canal de TV para admitir sua "irresponsabilidade" por propagar informação na internet.

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