O presidente do Equador, Rafael Correa, prometeu neste sábado (2) identificar e punir todos os policiais revoltosos que participaram da ação sangrenta deflagrada pelas suas medidas de austeridades. Ele disse também que vai investigar os adversários, que ele acusa de tentar montar um golpe.
Soldados fortemente armados reforçaram a segurança dentro e fora do palácio presidencial, depois que uma revolta policial na quinta-feira ameaçou por um fim aos quase cinco anos de relativa estabilidade no Equador.
A rebelião foi o desafio mais difícil encarado pelo esquerdista, Rafael Correa, que mantém a sua popularidade graças a programas contra a pobreza, apesar de uma recuperação lenta da crise econômica que atingiu um dos menores paises membros da Opep, e o maior produtor de bananas do mundo.
"Esses malucos foram manipulados politicamente. Eles queriam me matar", disse Correa, mancando por causa de uma cirurgia no joelho, feita no começo do mês.
Depois de ser atacado, Correa ficou preso durante horas dentro de um hospital, cercado por policiais, até ser resgatado por soldados, durante a noite.
Durante seu programa de TV no sábado, Correa mostrou imagens da operação de resgate, com os soldados rastejando pelo local, enquanto balas traçantes voavam pelo céu.
"Precisamos investigar isso a fundo", ele disse. "Vamos identificar muitos deles (através do vídeo)."
Antes da revolta, um ministro do governo havia dito que Correa planejava dissolver o congresso e governar por decreto, durante um período, para superar um impasse na legislatura. Correa não mencionou isso no sábado.
A revolta da polícia aconteceu por causa de cortes de bônus e congelamento de promoções, como parte de um corte de gastos em todo o país.
Oito pessoas morreram durante os tumultos, em todo o país, inclusive um policial de elite, que estava ao lado do carro de Correa que foi metralhado quando o presidente estava sendo resgatado do hospital.
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