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O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, incitou neste domingo os países islâmicos do Oriente Médio a cooperarem na "defesa de seus interesses" e "enfrentarem os diabólicos planos dos inimigos".

Ahmadinejad fez as declarações em entrevista coletiva com o presidente da Síria, Bashar al-Assad, com quem se reuniu para coordenar posições diante das pressões internacionais - especialmente dos Estados Unidos - sofridas pelos dois países.

Os dois líderes qualificaram a reunião de "muito frutífera" e concordaram que a visita de Assad acontece quando "a região atravessa um momento crítico", além de acusarem os EUA de estarem por trás do conflito sectário entre muçulmanos sunitas e xiitas no Iraque.

"Após não terem podido impor sua hegemonia na região, os inimigos tentam agora semear a sedição e as diferenças entre os filhos da nação islâmica. Enviam suas tropas à região e tentam aplicar seus planos", declarou Ahmadinejad. A declaração aludiu à presença militar americana no Iraque e ao recente envio de dois porta-aviões ao Golfo Pérsico por Washington.

"Convocamos os governos e povos islâmicos a rejeitarem os planos dos inimigos. A ajuda de uns a outros nos fará capazes de solucionar muitos dos problemas dos países islâmicos, dos Estados árabes e da região", acrescentou.

Assad concordou com o governante iraniano ao afirmar que "os inimigos tentam provocar um conflito sectário", e advertiu: "Caso tenham êxito nisto, todos os seus demais planos serão bem-sucedidos".

A Síria é o principal aliado árabe do Irã no Oriente Médio, e os dois países são acusados por Washington de interferirem nos assuntos do Iraque. Teerã e Damasco não ocultam seu apoio à milícia xiita libanesa Hezbollah, considerada pelos EUA uma organização terrorista.

Além de se reunir com Ahmadinejad, Assad encontrou neste domindo o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, e, no sábado, o chefe do Conselho de Determinação iraniana, o ex-presidente Hashemi Rafsanjani.

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