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Frederico Franco visitou a fronteira com o Brasil | Marcos Labanca
Frederico Franco visitou a fronteira com o Brasil| Foto: Marcos Labanca

Em sua primeira visita à fronteira de Ciudad del Este e Foz do Iguaçu desde que tomou posse, no dia 22 de junho, o presidente do Paraguai, o liberal Federico Franco, garantiu à comunidade brasileira que não vai tolerar invasões no campo, apesar da ameaça feita por carperos em deflagrar uma ocupação em massa a partir de agosto.

Franco agradeceu o apoio que tem recebido de empresários e agricultores brasileiros radicados no Paraguai e disse que o caminho para negociar com ele passa pelo diálogo, conversação e bom trato. "Nem com a força, nem com enfrentamento, extorsão ou invasão se vai conseguir alguma coisa. A posição é clara, é uma posição de sempre, eu não mudei nada", afirma.

Em reunião realizada do departamento de San Pedro no início de julho, a Liga Na­­cional de Carperos deu um prazo de 30 dias para o novo governo iniciar a reforma agrária com distribuição equitativa de terras. O presidente garantiu que será solidário com os pobres do país que não têm terra.

Brasil

Apesar de ter conquistado a simpatia dos imigrantes brasileiros, o presidente ainda não tem a plena confiança do governo brasileiro. Ele admitiu que as relações com o Brasil e demais países vizinhos, que chancelaram a saída do Paraguai do Mercosul, ainda não são harmônicas, mas garantiu que o país está aberto e quer demonstrar seu compromisso e confiança aos latino-americanos.

Durante a visita à fronteira, Franco passou por três cidades, participou de inaugurações e lançou projetos. Um deles refere-se a revitalização da orla de Hernandárias, cidade que abriga a sede da Itaipu Binacional, lado paraguaio.

No município de Presidente Franco, o presidente paraguaio se reuniu com prefeitos de municípios da Costa Oeste e com o Secretário Estadual de Turismo e coordenador do Núcleo de Fronteira, Faisal Saleh. Ele pediu ao mandatário paraguaio apoio para realizar ações conjuntas na fronteira e apresentou o projeto voltado à reurbanização das margens do Rio Paraná, em Foz do Iguaçu, local conhecido por ser ponto de recepção de mercadorias e drogas trazidas do lado paraguaio.

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