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Presidente do Quirguistão, Kurmanbek Bakiyev, está refugiado no sul do país: “Não entregarei a Presidência” | Viktor Drachev/AFP
Presidente do Quirguistão, Kurmanbek Bakiyev, está refugiado no sul do país: “Não entregarei a Presidência”| Foto: Viktor Drachev/AFP

O chefe de gabinete do governo interino do Quirguistão, que as­­sumiu o poder após o presidente Kurmanbek Bakiev deixar a capital, acusou ontem o presidente de levar consigo todo o dinheiro do país, segundo reportagem divulgada pela rede americana CNN.

"Os cofres do Estado estão quase vazios", disse Edil Baisalov à CNN, acrescentando que apenas o equivalente a 16 milhões de eu­­ros (R$ 38 milhões) foram deixados na conta bancária do país.

"Alguns recursos foram transferidos para algum lugar, e é por isso que estamos congelando o sistema bancário, esperando que os bancos controlados pelo ex-presidente Bakiev possam tentar tirar os recursos do país", disse à rede CNN.

O presidente deposto do Quir­­guistão, Kurmanbek Bakiyev, reiterou que não renunciará ao cargo, apesar de a oposição já ter as­­sumido o controle do país, e que está disposto a negociar com o governo interino liderado pela ex-ministra de Relações Exterio­­res Roza Otunbayeva.

O novo procurador-geral do governo autoproclamado, Baite­­mir Ibrayev, afirmou à imprensa que um processo criminal foi aberto contra Maxim, filho de Bakiyev, e Zhanybek e Marat, ir­­mãos do presidente.

"Nós temos evidência testemunhal de que estas pessoas receberam ordens pa­­ra atirar contra civis", disse Ibrayev.

Em entrevista exclusiva à France Presse, Bakiyev garantiu que não pretende deixar o país nem o cargo de presidente. Ele está refugiado entre partidários no sul do país, em Jalalabad, no Vale de Fergana, região entre o Usbequistão, o Quirguistão e o Tajiquistão.

A líder interina do país, Roza Otunbayeva, descartou negociar com o ex-líder. "No sul, os partidários de Bakiyev estão fazendo de tudo para levar as antigas autoridades de volta ao poder. Nós, em Bishkek, estamos tentando deixar a situação sob controle", afirmou

Os protestos desta semana deixaram pelo menos 76 mortos e mais de mil feridos.

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