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A presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, visitou nesta sexta-feira (11) a líder opositora ucraniana Yulia Tymoshenko, mantida presa no hospital onde é tratada de uma hérnia, e depois advertiu sobre o isolamento internacional da Ucrânia.

"Ela se encontra em bom estado se levarmos em conta que está saindo de uma greve de fome de 22 dias", afirmou Grybauskaite, primeira dirigente europeia a visitar a ex-primeira-ministra ucraniana.

Grybauskaite ressaltou que Tymoshenko está contente com o tratamento dos médicos na clínica da cidade de Kharkiv, em particular com os especialistas alemães que a atendem.

"No entanto, trata-se de um hospital e, por outro lado, o quarto foi transformado em uma cela. A pessoa não é plenamente livre e se encontra sob controle permanente. Isso dificulta a confiança entre o paciente e os médicos e a possibilidade de uma rápida reabilitação", denunciou.

Tymoshenko, que acusou os funcionários de prisões de espancá-la, aceitou no último dia 9 ser transferida para uma clínica para seu tratamento e também se comprometeu a suspender sua greve de fome declarada em 20 de abril.

A governante báltica alertou que, devido ao caso Tymoshenko, que completa sete anos de prisão por abuso de poder, "a confiança entre Europa e Ucrânia está se esgotando".

"Há possibilidades de corrigir a situação criada, mas depende exclusivamente dos ucranianos, se elegem o caminho da aproximação à Europa ou o caminho do isolamento", disse Grybauskaite, segundo as agências ucranianas.

Ela acredita que o cancelamento da cúpula dos líderes da Europa Oriental e Central em Yalta não se transforme em uma "bola de neve" ou "uma grave crise de confiança" que "impeça a assinatura de um acordo de associação", cujas negociações estão há meses congeladas.

A presidente lituana - que junto ao líder moldávio é a única dirigente regional que aceitou o convite para viajar neste sábado (12) a Yalta - se reuniria nesta sexta com o presidente ucraniano, Viktor Yanukovytch, acusado por Tymoshenko de orquestrar a perseguição da oposição política.

A chanceler alemã, Angela Merkel, que chamou os líderes europeus para boicotar a Eurocopa organizada conjuntamente por Ucrânia e Polônia, afirmou nesta quinta-feira (10) que tanto na Ucrânia como em Belarus "o povo ainda vive sob a ditadura e a repressão".

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