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Com 61,29% das atas eleitorais somadas, o presidente do Equador, Daniel Noboa, que busca a reeleição, aparece com vantagem sobre Lusa González, e soma 56,5% dos votos, ante 43,5% da adversária, nas eleições presidentes deste domingo (13).
O segundo turno se encerrou às 17h no horário local (19h em Brasília), com início imediato da apuração das cédulas de papel. Mais de 13,7 milhões de eleitores estavam habilitados, e 83,7% compareceram às urnas, conforme o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Missões da União Europeia e da Organização dos Estados Americanos (OEA) não registraram incidentes relevantes durante o pleito.
A disputa colocou frente a frente o presidente de direita e a opositora da coalizão de esquerda Revolução Cidadã. O primeiro turno, em 10 de fevereiro, foi extremamente apertado: Noboa venceu com uma vantagem de apenas 16.746 votos.
A campanha foi marcada por grandes atos públicos em Quito, comícios para mais de 100 mil pessoas e um debate televisivo no dia 23 de março. González encerrou sua campanha no estádio do Aucas, sob chuva, enquanto Noboa reuniu apoiadores no ginásio General Rumiñahui.
Ambos levantaram suspeitas de possível fraude. González acusou o CNE de favorecer o governo, enquanto Noboa alertou, ainda no primeiro turno, sobre a atuação de facções criminosas no processo eleitoral.
No poder desde 2023, Noboa ganhou projeção com sua política de combate ao crime organizado. Após a invasão armada a uma emissora de TV, decretou em janeiro um "conflito armado interno", autorizando o uso intensivo das forças de segurança. A taxa de homicídios caiu de 47 para 38 por 100 mil habitantes entre 2023 e 2024.