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Belgrado – Com a fragmentação das bancadas no Parlamento de 250 cadeiras nas legislativas de domingo, o presidente da Sérvia, Boris Tadic, apelou ontem para que os partidos democráticos e pró-europeus se juntem e formem rapidamente um governo. Mesmo que isso ocorra, observadores acreditam que o gabinete será politicamente fraco e de pouca duração.

A má notícia para o presidente Tadic, do Partido Democrata, e para seu premier, Vojislav Kostunica, é o fato de, com dois terços dos votos apurados, o primeiro lugar nas urnas (28,3%) estar com o Partido Radical, herdeiro de Slobodan Milosevic, que morreu em Haia no ano passado durante julgamento por crimes de guerra.

Os radicais se recusam a entregar à justiça internacional Ratko Mladic, indiciado por genocídio – a não-entrega congelou no ano passado as negociações de adesão da Sérvia à União Européia –, e são os mais enfáticos opositores da independência de Kosovo, província em que 90% da população é etnicamente albanesa.

Eleições antecipadas

O líder do Partido Radical, Tomislav Nikolic, disse que o presidente deveria confiar a chefia do governo à sigla com mais votos. Mas também afirmou saber que isso não aconteceria, e que eleições antecipadas poderiam ocorrer até em 90 dias, caso nenhum gabinete seja formado.

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