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O presidente sírio, Bashar Al-Assad, que enfrenta pressão internacional para acabar com a repressão sangrenta aos protestos contra seu governo, não está atendendo ligações do chefe da ONU, disse a organização nesta sexta-feira.

O porta-voz da Organização das Nações Unidas (ONU) Martin Nesirky confirmou uma reportagem da agência de notícias do Kuwait KUNA que afirmava que o secretário-geral Ban Ki-Moon vem tentando falar com Assad desde quinta-feira, mas foi informado que o presidente "não estava disponível".

Ele acrescentou que Ban procurou Assad durante toda a semana, mas não conseguiu falar com ele.

Ban pediu para Assad acabar com o que classificou de "repressão violenta" e violações dos direitos humanos feitas pelas forças sírias, que, de acordo com grupos de defesa aos direitos humanos, mataram mais de 1.100 civis desde março nas revoltas pedindo mais liberdade política e o fim da corrupção e da pobreza.

Em outra notícia, diplomatas do conselho de segurança da ONU se encontraram novamente em Nova York nesta sexta-feira tentando resolver o impasse na resolução rascunhada pela União Européia que não imporia sansões na Síria, mas condenaria a repressão e iria sugerir que as forças de segurança do país podem ser culpadas de crimes contra a humanidade.

Os diplomatas disseram que o encontro desta sexta não produziu alterações entre os 15 membros do conselho de segurança. Atualmente, nove participantes, incluindo os patrocinadores do rascunho Reino Unido, França, Alemanha e Portugal, planejam votar pelo texto.

Eles dizem que a votação vai acontecer na próxima semana.

Rússia e China não gostam da ideia de discutir o tema e sugeriram que podem usar o seu poder de veto para acabar com a resolução. Índia, Brasil e África do Sul também deixaram claro que têm problemas com o rascunho, segundo diplomatas da ONU.

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