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Milhares de pessoas participaram do funeral de ativistas mortos em ataque à comboio que levava ajuda humanitária para palestinos da Faixa de Gaza, em Istambul, na Turquia | Murad Sezer / Reuters
Milhares de pessoas participaram do funeral de ativistas mortos em ataque à comboio que levava ajuda humanitária para palestinos da Faixa de Gaza, em Istambul, na Turquia| Foto: Murad Sezer / Reuters

Milhares de pessoas lotaram uma mesquita de Istambul nesta quinta-feira (3) para o funeral dos ativistas turcos mortos durante uma operação naval israelense em uma embarcação de ajuda humanitária com destino a Gaza, enquanto o presidente Abdullah Gul disse à nação que os laços com Israel nunca mais serão os mesmos.

Gul fez uma dura advertência, ecoando as palavras do primeiro-ministro Tayyip Erdogan, declarando que a Turquia nunca esqueceria do ataque contra as embarcações e as pessoas em águas internacionais.

"Israel cometeu um dos maiores erros de sua história. Com o tempo, verá que erro enorme cometeu," disse o presidente numa entrevista coletiva a leste de Ancara.

Envoltos nas bandeiras turcas e palestinas, os caixões dos oito dos nove mortos foram levados à mesquita Fatih, uma grande estrutura otomana numa das áreas mais religiosas de Istambul, para uma cerimônia antes de serem levados a várias partes do país para os enterros.

"Vocês vão para o céu. Que Deus abençoe o seu martírio," lia-se numa enorme faixa num dos lados da praça que acolhia as pessoas. Entre eles, havia algumas pessoas que estavam a bordo da flotilha de ajuda humanitária com destino a Gaza e haviam chegado a Istambul algumas horas mais cedo.

"Estamos profundamente tristes, mas ao mesmo tempo estamos furiosos," disse Hulya Sekerci, de 36 anos, trabalhadora voluntária de Istambul.

"Nove pessoas morreram. O mundo inteiro precisa reagir a isso. O governo precisa fazer mais do que apenas proferir palavras de revolta."

Todos os nove homens mortos - oito turcos e um cidadão norte-americano de origem turca - estavam a bordo do navio Mavi Marmara quando os comandos israelenses invadiram a embarcação em águas internacionais.

"Quatro dos mortos foram trazidos para serem ressuscitados, mas era muito tarde...Foi um banho de sangue, não tínhamos equipamento especial e tivemos de colocar os feridos no chão," disse a dona de casa britânica Laura Stuart, que tentou prestar os primeiros-socorros a bordo do Mavi Marmara.

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