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O presidente da Turquia, Ahmet Necdet Sezer, vetou na segunda-feira um plano que diminuiria os prazos exigidos para a realização de plebiscitos, desferindo assim um novo golpe contra os esforços do atual governo turco para reformar a Constituição do país.

O governo, de raízes islâmicas e que costuma entrar em rota de colisão com Sezer, um político declaradamente secular, deseja realizar um plebiscito sobre as reformas constitucionais no dia 22 de julho, mesmo dia das eleições gerais.

O veto presidencial torna essa manobra, agora, muito menos provável.

A elite secular da Turquia, que inclui importantes juízes e generais das Forças Armadas, bem como Sezer e alguns partidos políticos, está determinada a frustrar o plano de reformas do Partido AK, atualmente no comando do governo.

A proposta governista previa diminuir de 120 para 45 dias o prazo necessário para a realização de um plebiscito.

O Parlamento, agora em recesso antes das eleições, ainda poderia derrubar o veto presidencial aprovando a medida sem acrescentar nenhuma alteração a ela.

Mas o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, irritou alguns integrantes do Partido AK ao decidir-se por não os renomear como candidatos para o pleito de julho, tornando difícil para Erdogan obter os votos necessários para derrubar o veto presidencial.

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