O grupo de 600 presos do grupo separatista basco ETA admitiram ontem o dano causado às suas vítimas e a renúncia ao terrorismo. A declaração também pede à Justiça da Espanha e da França que seus processos sejam tratados de forma individual.
Em comunicado na página do jornal basco "Gara", o grupo disse aceitar a legislação penitenciária espanhola, uma guinada em relação à posição de julgar as ações de forma conjunta. Eles também reconheceram o dano provocado às 856 mortes provocadas pela ação dos separatistas em 50 anos.
"Reconhecemos com toda a sinceridade o sofrimento e o dano multilateral gerados", diz o texto, em referência a dispersão de presos pelas penitenciárias espanholas promovida pelo governo para evitar o contato entre os detentos do ETA.
"Poderíamos aceitar que nosso processo de retorno seja efetuado usando bases legais, mesmo que isso para nós signifique implicitamente a aceitação de nossa pena".
O anúncio do julgamento separado e do reconhecimento das mortes acontece mais de dois anos depois que a entidade declarou o fim de sua atividade armada. Embora o grupo tenha desistido da violência para atingir os seus fins, ele diz que continua a trabalhar no sentido de uma "solução definitiva".
O desarmamento e o tratamento aos prisioneiros do ETA são pontos-chave de negociação que ainda não foram resolvidos, e o governo da Espanha insiste que o ETA deva se dissolver formalmente.
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