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Quatro homens foram condenados por estupro e assassinato em um julgamento surpreendentemente rápido para o sistema de justiça caótico da Índia. Um quinto acusado morreu na prisão e outro, que era menor de idade à época, foi sentenciado a três anos em um centro de detenção.

Os quatro homens que foram a julgamento confessaram o crime, mas depois voltaram atrás, afirmando que foram torturados para admitir seu envolvimento. As apelações de suas sentenças de morte aguardam uma definição na Suprema Corte.

Em resposta ao ataque e aos protestos que ele provocou, o governo da Índia se apressou para alterar a legislação, aumentando o tempo da pena para o estupro para 20 anos, além de criminalizar o voyeurismo, a perseguição e o tráfico de mulheres.

Mas enquanto as leis podem mudar rapidamente, as mentalidades não seguem a mesma velocidade. O Parlamento da Índia foi palco de um controverso debate sobre a proibição ou liberação de documentário sobre o assunto no país. Alguns políticos questionaram como a documentarista, que é britânica, teve acesso à prisão para conduzir a entrevista. Outros se sentiam desconfortáveis com a exposição pública dos problemas da Índia - principalmente por uma cineasta estrangeira.

Mesmo assim, há políticos que discordam dessa visão, principalmente mulheres. “O que aquele homem falou no vídeo, reflete o pensamento de muitos homens na Índia”, comentou Anu Aga, uma política e proeminente executiva. “Toda vez que ocorre um estupro, a vítima é acusada de ter provocado o homem. Vamos nos conscientizar sobre isso e parar de fingir que está tudo bem”, declarou.

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