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O comunista Yuri Gagarin, primeiro homem a viajar ao espaço | Alexander Natruskin/Reuters
O comunista Yuri Gagarin, primeiro homem a viajar ao espaço| Foto: Alexander Natruskin/Reuters

Quando Yuri Gagárin decolou para a primeira viagem de um ho­­mem ao espaço, o futuro das missões espaciais tripuladas era in­­certo. Exatos 50 anos depois, a si­­tuação não está muito diferente.

A Nasa, que tem o maior orçamento para esse fim no planeta, está muito perto de ficar sem veículos próprios para mandar seus astronautas para o espaço.

A grande aposta da agência espacial americana nos últimos 30 anos, os ônibus espaciais, em breve virarão, literalmente, peça de museu. A previsão é que a frota seja aposentada ainda neste ano.

A segurança dessas naves foi colocada em xeque após uma série de falhas recentes e dois acidentes fatais – com a Challenger, em 1986, e com o Columbia, em 2003, levando à morte de 14 astronautas.

Com o orçamento reduzido e dificuldades técnicas para criar sua próxima geração de naves, a Nasa vai aposentar os "shuttles’’ ainda sem ter um substituto.

No discurso oficial, a agência diz que pretende confiar o transporte dos astronautas à iniciativa privada. Isso, no entanto, ainda não tem data para sair do papel.

Carona

Na prática, porém, os americanos ficarão totalmente dependentes da nave russa Soyuz para levar seus astronautas à Estação Espa­­cial Internacional (ISS).

E os russos, claro, já estão se aproveitando da situação. O preço da "carona’’ por astronauta, inicial­­mente combinado em US$ 56 mi­­lhões (aproximadamente R$ 90 milhões) acaba de ser reajustado para US$ 63 milhões (R$ 100 milhões).

Apesar de ser o veículo espacial mais confiável atualmente em operação, a maior parte da concepção da Soyuz ainda se baseia em um projeto do fim dos anos 1960.

Emergentes

Mas, se para EUA e Rússia o pro­­grama espacial não tem mais a mesma importância da Guerra Fria, o interesse cresce nos emer­­gentes.

Em 2003, a China tornou-se o terceiro país a levar um ho­­mem ao espaço usando meios próprios. O taikonauta – co­­mo é chamado o astronauta chinês – Yang Liwei pas­­sou 21 horas na órbita da Terra. O país planeja levar um chinês à Lua até 2020.

Também na Ásia, a Índia tem anunciado planos de ex­­ploração espacial tripulada.

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