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O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, de 52 anos, anunciou nesta quarta-feira que deixará o cargo. Ele estava no poder desde setembro de 2006 e foi o mais jovem primeiro-ministro da história e o primeiro nascido depois da 2ª Guerra Mundial.

A agência de notícias japonesa "Kyodo" informou nesta quarta-feira (12) que o Partido Liberal Democrata (PLD), no poder em Tóquio, nomeará em 19 de setembro um novo chefe de governo na próxima semana com o objetivo de substituir Abe.

O atual número dois do partido e ex-ministro das Relações Exteriores, Taro Aso, de 66 anos e nacionalista como Abe, é o favorito para substituí-lo.

"Hoje tomei a decisão de renunciar", disse Abe em entrevista coletiva.

Abe explicou que, sem gozar da confiança do povo japonês, seria difícil continuar seu programa de reformas. E acrescentou que decidiu acelerar sua renúncia para evitar problemas na Dieta (Parlamento).

O Partido Liberal Democrático (PLD), no poder no Japão, "precisa de sangue novo", completou.

Nos últimos meses, os índices de popularidade do governo dele despencaram. Segundo pesquisas realizadas neste final de semana pelo jornal Yomiuri, menos de 30% dos japoneses o apoiavam.

Justificativas

Abe apresentou como razões para sua decisão de renunciar a derrota sofrida nas eleições para o Senado, em 29 de julho, quando o PLD perdeu a maioria, e sua incapacidade de aprovar uma extensão da Lei Antiterrorista, que enfrenta a rejeição do opositor Partido Democrático (PD). No domingo, ele disse que só ficaria no cargo caso fosse aprovada a permanência das tropas japonesas no Afeganistão além do prazo estabelecido, que vai até 1º de novembro, mas a votação foi adiada pela oposição.

Quando um jornalista perguntou por que ele não havia renunciado logo depois das eleições, quando se esperava, Abe respondeu que achou necessário manter as reformas e assumir a responsabilidade.

Ele também defendeu que o Japão "continue apoiando a luta contra o terrorismo".

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