• Carregando...

Segundo o jornal britânico "Sunday Telegraph", a princesa saudita Sara Bint Talal bin Abdulaziz, sobrinha do rei Abdallah, pediu asilo político ao Reino Unido, alegando ser vítima de um complô familiar para ela voltar ao "reino do silêncio" - como ela chama seu país. Sara mora em Londres há cinco anos, mas seu passaporte expirou em 2010 e agora ela corre o risco de ser deportada com suas quatro filhas.

Em entrevista ao "Sunday Telegraph", a princesa diz estar convencida de que altos funcionários sauditas estão planejando sequestrá-la e levá-la de volta a Riad. "Fui vítima de abusos físicos e mentais. Meus pertences foram congelados. Eles me acusam de estar na oposição, com o Irã, me deixaram com nada e me crucificaram de todas as formas possíveis", afirma a princesa.

Sara, de 38 anos, é filha do príncipe Talal com sua terceira esposa Mudie Abdulmohsen Alangary. Apelidada de Barbie, Sara se mudou para Londres há cinco anos, após um enfrentamento misterioso com o seu pai. Até então, ela era considerada a menina dos olhos do pai. Na entrevista, a princesa ainda contou que foi criada por uma governanta britânica e se casou com um primo, prática comum na Arábia Saudita. Anos depois, Sara acabou se divorciando.

Desde a morte de sua mãe, em 2008, Sara luta com seu irmão mais velho, o príncipe Turki, pela herança avaliada em 440 milhões de euros, além de propriedades na Arábia Saudita, Suíça, Egito e Líbano. Autoridades sauditas pedem que Sara volte a Riad para se defender, mas o pedido de asilo pode is além de um capricho de uma princesa mimada. O pedido, logo após a morte do príncipe Nayef - que deu proteção a Sara e se tornou um desafeto de seu pai - revela as tensões dentro da família real saudita.

"Sou uma ameaça porque sou uma reformista entre eles. Minha maneira é a maneira islâmica moderna", disse Sara.

Apesar de a princesa se vestir como uma mulher ocidental e não usar o véu islâmico - obrigatório entre as sauditas, ela não questiona nem o poder absoluto do rei, nem a Lei Islâmica, que o próprio país usa para justificar a submissão das mulheres.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]