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O jornal mais vendido da Grã-Bretanha publicou uma mensagem simples para a Argentina num editorial publicado nesta sexta-feira no país sul-americano: "TIRE AS MÃOS" das Ilhas Malvinas.

O texto de sete parágrafos, escrito pelo tabloide populista Sun e publicado no principal jornal em língua inglesa da Argentina, foi uma resposta às novas exigências da presidente argentina, Cristina Kirchner, de abrir negociações sobre a soberania do arquipélago no Atlântico Sul.

Os dois países travaram uma guerra de 10 semanas em 1982 pelas ilhas remotas, que fazem parte dos territórios autônomos além-mar da Grã-Bretanha, onde são conhecidas como Falklands.

A Grã-Bretanha venceu a guerra, mas a Argentina começou a voltar a pressionar por sua reivindicação de soberania no ano passado, depois que a exploração de petróleo começou nas águas perto das ilhas.

"A soberania britânica das Ilhas Malvinas data de 1765, antes de a República da Argentina existir", disse o Sun em sua carta aberta a Cristina, publicada em espanhol e inglês no Buenos Aires Herald.

"Em nome de nossos milhões de leitores", disse o Sun, "TIRE AS MÃOS!"

O Sun, parte do império do magnata da mídia Rupert Murdoch, tem uma longa história de publicar artigos extremamente patrióticos.

Em uma carta aberta de Cristina para o primeiro-ministro britânico, David Cameron, publicada nos jornais britânicos na quinta-feira, a líder peronista acusou a Grã-Bretanha de romper as resoluções da Organização das Nações Unidas (UNO) que pediam uma solução negociada.

Cameron rejeita as negociações, dizendo que aproximadamente os 3.000 moradores das ilhas escolheram ser britânicos.

Em sua edição desta sexta-feira, o Sun usou uma linguagem menos moderada para seus próprios leitores britânicos do que em sua carta aberta a Cristina, taxando o país dela de uma "república de bananas".

"Criar problemas sobre as Malvinas cria um espetáculo conveniente para líderes baratos enquanto eles combatem problemas em casa", disse o Sun em seu editorial, referindo-se aos problemas econômicos na Argentina, pontuados por crescimento lento e alta inflação.

"Mas eles estão gastando o fôlego. E deveriam lembrar do que aconteceu da última vez."

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