• Carregando...
Segurança russo tenta tomar cartaz de feminista durante protesto em Moscou | Alexander Nemenov/AFP
Segurança russo tenta tomar cartaz de feminista durante protesto em Moscou| Foto: Alexander Nemenov/AFP

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, prometeu nesta semana "usar todos os meios legítimos" para reprimir protestos que não foram permitidos pelo governo. Mas, aparentemente, ele está disposto a utilizar também todos os métodos possíveis para abafar os já autorizados protestos de hoje da oposição em todo o país. E o mais eficaz para combater manifestações convocadas pelas redes sociais é atacar na mesma plataforma que os opositores.

Especialistas identificaram a criação de milhares de contas no Twitter e de uma enxurrada de mensagens sem sentido com a hashtag #Navalny – sob a qual são reunidas os tuítes sobre o blogueiro Alexei Navalny, visto como líder das manifestações no país e que está preso desde a última segunda-feira.

O ataque cibernético, atribuído por ativistas ao governo, serviria para inflar de tal forma a rede que os tuítes reais, convocando para as manifestações, fossem "engolidos" na avalanche de mensagens falsas.

Mas os ataques não se limitaram ao mundo virtual. Ontem, as linhas telefônicas do partido liberal Yabloko e do jornal Novaya Gazeta foram paralisadas com uma mensagem gravada. A voz feminina apenas repetia "Putin é muito bom. Putin te ama. Putin torna a sua vida feliz".

Os organizadores dos protestos dizem que esperam reunir mais de 30 mil pessoas hoje próximo ao Kremlin, naquela que será uma manifestação "sem precedentes" no país.

Até ontem, mais de 50 mil pessoas tinham anunciado sua intenção de participar dos protestos em uma página do Facebook dedicada a debater a legitimidade das eleições parlamentares do domingo passado.

Além de Moscou, estão previstas manifestações em São Petersburgo, no Ural e na Sibéria.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]