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Depois de receber e aceitar o pedido do presidente italiano, Giorgio Napolitano, para que continuasse no cargo, o primineiro-ministro Romano Prodi vai submeter-se, agora, a um voto de confiança do Parlamento. A decisão de Napolitano aconteceu depois de uma consulta a todos os líderes políticos sobre a melhor maneira de resolver a crise.

O sinal verde do Parlamento também já estaria assegurado por meio de um pacto firmado pelos aliados do primeiro-ministro e pela disposição de um pequeno grupo de democratas-cristãos fora da coalizão de Berlusconi de apoiá-lo no Senado, o calcanhar de Aquiles da centro-esquerda.

Prodi, que venceu a eleição mais disputada da história da Itália pós-Segunda Guerra, renunciou na quarta-feira após perder uma importante votação sobre política externa no Senado.

Numa conversa com o jornal "La Repubblica", de esquerda, Prodi reiterou que só concordará com sua volta ao cargo se tiver "mais força". Numa reunião com aliados, ele apresentou um documento com 12 pontos, cuja aceitação era a condição para continuar liderando a coalizão governamental.

A coalizão assinou o acordo que, entre outros itens, prevê o respeito a todos os compromissos internacionais e de paz, entre eles a missão militar no Afeganistão. A derrota numa votação no Senado sobre a política externa do governo, especialmente a missão no Afeganistão, foi o que produziu a crise do governo e a decisão de Prodi renunciar.

Acordo deixa de fora voto sobre casamento gayOutros pontos do documento são: o plano industrial, a partir da construção da linha ferroviária de alta velocidade Turim-Lyon; os investimentos em fontes de energia renováveis; e a continuação do plano de liberalização.

Também será dada maior atenção ao sul do país, à redução do gasto público e ao relançamento de políticas de apoio à família. Mas o programa ignora a lei sobre os direitos dos casais de fato (incluindo gays), que é um dos temas que também dividem a coalizão.

Analistas dizem que qualquer coalizão montada por Prodi será tão vulnerável quanto a que rachou e o derrubou na quarta-feira, quando a ala mais à esquerda impôs ao governo uma dura derrota em questões de política externa no Senado.

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