O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, expressou neste domingo (08) seu apoio aos esforços da Jordânia para desenvolver um programa nuclear que atenda aos requisitos de segurança da organização com sede em Viena.
Segundo a agência estatal de notícias "Petra", Amano garantiu que a Jordânia fez "um grande avanço em seu programa nuclear", aderindo "estritamente aos critérios de segurança da AIEA".
Depois de se reunir com o ministro de Energia jordaniano, Khalid Tuqan, o chefe da AIEA também destacou que a Jordânia assinou "todos os acordos para garantir a segurança de seus reatores nucleares".
"A Jordânia tem um papel importante no conselho executivo da AIEA e há uma cooperação contínua e real entre a organização internacional e Amã", disse Amano. Aliás, o país também foi escolhido no mês passado para ocupar a vice-presidência do órgão executivo da agência nuclear.
O chefe da AIEA também disse que a energia nuclear passou a ser vista com desconfiança após o acidente nuclear de Fukushima, no Japão. Porém, muitos países "continuarão com seus programas nucleares para gerar eletricidade".
Por sua vez, Tuqan disse ter informado ao chefe da AIEA sobre todos os detalhes do programa nuclear da Jordânia para a produção de eletricidade e para dessalinizar a água, assim como sua intenção de produzir urânio a partir de minerais.
O ministro da Energia também forneceu detalhes sobre a usina nuclear que a Jordânia deve construir na região de Mafraq, a cerca de 60 quilômetros a leste de Amã. Além da usina, a Jordânia também detalhou as provisões de combustível, as medidas de segurança e os recursos de água para refrigeração.
"A visita de Amano (à Jordânia) é importante, sobretudo, para aqueles países que também planejam desenvolver programas nucleares", disse Tuqan.
A Jordânia fechou acordos de cooperação nuclear com a Espanha, Argentina, França, Reino Unido, Rússia, China, Japão, Coreia do Sul, Turquia e Romênia.
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