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Derretimento da geleira Perito Moreano na Patagônia e de outras andinas poderá ser resultante na falta de disponibilidade de água para consumo humano | Nabarun Dasgupta / Reuters
Derretimento da geleira Perito Moreano na Patagônia e de outras andinas poderá ser resultante na falta de disponibilidade de água para consumo humano| Foto: Nabarun Dasgupta / Reuters

O abastecimento hídrico global pode ser duramente afetado nas próximas décadas por causa da mudança climática associada à queima de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, e do aumento da população global.

Eis alguns fatos e projeções relativos à água e à mudança climática:

- As temperaturas neste século devem subir entre 1,1 e 6,4 graus Celsius, e o nível do mar, entre 18 e 59 centímetros, segundo o Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática, da ONU.

- As simulações climáticas para o século 21 anteveem aumento das chuvas em latitudes elevadas e em áreas tropicais, e redução das precipitações em regiões subtropicais.

- O aquecimento nas montanhas do oeste dos EUA deve provocar redução da neve acumulada, além de mais inundações nos invernos e menos fluxo dos rios no verão, exacerbando a competição por recursos hídricos já superexplorados.

- Há previsão de grandes desafios para as lavouras dos EUA, submetidas ao máximo de calor que toleram, e dependentes de recursos hídricos superutilizados.

- No sul da Europa, a mudança climática deve agravar condições como o calor e as secas, além de reduzir a disponibilidade de água, o potencial hidrelétrico, o turismo de verão e a agricultura.

- Na América Latina, a produtividade de algumas lavouras importantes irá diminuir, enquanto a desaparição de geleiras andinas afetará a disponibilidade de água para o consumo humano.

- Na África, até 2020 entre 75 e 250 milhões de pessoas devem ser expostas a complicações hídricas decorrentes da mudança climática. Em alguns países, cultivos abastecidos pela água da chuva podem ter redução de 50 por cento na sua produtividade.

- Na Ásia, a disponibilidade de água deve diminuir a partir da década de 2050 no centro, sul, leste e sudeste do continente, especialmente nas grandes bacias fluviais.

- A seca australiana, que recentemente provocou a pior onda de incêndios florestais na história do país, tem sido associada à mudança climática. Até 2030, os problemas hídricos do país devem se intensificar no sul e leste do continente.

- O aumento do nível dos mares pode aumentar a salinidade de águas subterrâneas e estuários de todo o mundo. Isso poderia ter graves implicações para áreas costeiras urbanas, como Miami, na Flórida.

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