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Polônia

Projeto de escudo antimísseis será mantido

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu durante uma conversa por telefone com o presidente polonês, Lech Kaczynski, seguir adiante com o projeto de instalação de um escudo antimísseis americano na Polônia, anunciou ontem a presidência polonesa. "Barack Obama ressaltou a importância da parceria estratégica entre a Polônia e os Estados Unidos, e expressou a esperança de poder continuar com a cooperação política e militar entre os dois países. Ele também garantiu que o projeto de escudo antimísseis está mantido", disse a presidência polonesa em comunicado.

O presidente americano eleito também conversou por telefone com o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, principalmente sobre a participação da Polônia na força da Otan no Afeganistão (Isaf), segundo a assessoria de imprensa de Tusk.

Washington acaba de emitir novas propostas à Rússia para amenizar as reticências de Moscou sobre seu projeto de escudo. O negociador americano John Rood afirmou na quinta-feira que a proposta sobre o escudo foi enviada "no início da semana", antes que o presidente russo, Dmitri Medvedev, ameace instalar mísseis no enclave de Kaliningrado para convencer Washington a desistir de seu projeto. "Para neutralizar, em caso de necessidade, o sistema de defesa antimísseis, vamos instalar na região de Kaliningrado o complexo de mísseis Iskander", declarou o presidente Medvedev. Washington assinou recentemente com Praga e Varsóvia acordos para a instalação, até 2013, de um potente radar na República Tcheca acoplado a dez interceptadores na Polônia, com o objetivo de impedir ataques de mísseis balísticos de longo alcance.

O projeto suscita a ira de Moscou, que o considera como uma ameaça a sua segurança. Rood, subsecretário encarregado do controle dos armamentos e da segurança internacional, informou que Washington também submeteu à Rússia sua proposta referente a um tratado "com obrigações legais" para substituir o pacto de redução do número de armas estratégicas (START), que expira em dezembro de 2009.

Parlamento iraniano

O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, criticou ontem as declarações de Barack Obama, que qualificou sexta-feira de "inaceitável" a fabricação por Teerã de armas nucleares. Questionado sobre as declarações de Obama referentes ao caso nuclear, Larijani disse: "Isso significa insistir no mesmo caminho errôneo. Se os Estados Unidos querem mudar sua situação na região, eles precisam enviar os sinais certos", prosseguiu. "Obama entende que a mudança não significa apenas mudar a cor e trazer mudanças superficiais. A mudança tem que ter uma base estratégica", acrescentou Larijani.

"Penso que a fabricação pelo Irã de armas nucleares é algo inaceitável. Precisamos organizar um esforço internacional para impedir que isso aconteça", disse Obama sexta-feira em Chicago, em sua primeira entrevista coletiva desde sua eleição, na terça-feira.

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