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Com um projeto modesto na forma e audacioso no conteúdo, o Paraná deu uma pequena colaboração ao caleidoscópio de ideias da Conferência do Clima (COP15). O Programa de Geren­ciamento do Desenvol­vimento Ambiental Sustentável, de autoria do engenheiro agrônomo Sady Santos, ex-representante da Embrapa no Paraná, foi encaminhado anteontem pelo Minis­tério da Agricultura à Embaixada da Dinamarca, objetivando fazer parte das discussões em Copenhague.

Em linhas gerais, o projeto sugere parcerias políticas e tecnológicas para a criação de um órgão transnacional de mapeamento do campo. Com a ajuda de rastreamento por satélite, especialistas do setor agrícola analisariam as atuais características da zona rural em todo o mundo. Com o diagnóstico, poderiam aconselhar governos e agricultores a adotar as melhores estratégias para associar alta produtividade com baixa devastação e poluição.

Alta tecnologia

"Esta central pode funcionar como uma verdadeira Nasa", exemplifica Santos ao citar a agência espacial norte-americana. "A tecnologia já está presente na produção agrícola, mas falta ajustar o desenvolvimento da agricultura em relação às potencialidades de cada lugar", afirma.

Santos criou o programa em 1985, quando trabalhava na Embrapa, e recebeu a aprovação do Instituto Nacional de Pes­­quisas Espaciais. "É algo que pode ser colocado em prática imediatamente. Já poderia ter sido feito há muito tempo, evitando envenenamento por agrotóxicos e desmatamento de florestas", garante.

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