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Um promotor militar do Bahrein pediu neste domingo que sete manifestantes detidos durante protestos contra o governo do reino recebam pena capital pela morte de dois soldados durante as manifestações, informou a agência estatal de notícias.

Em audiência realizada hoje, o promotor militar apresentou o que qualificou como evidências de que os réus atacaram os policiais "com dolo", motivo pelo qual deveriam ser condenados à morte, prosseguiu a Agência de Notícias Bahrein.

Os sete réus foram levados perante a justiça militar do reino para responder por acusações de assassinato premeditado de funcionários do governo. O advogado de defesa dos réus rejeitou as acusações, informou a agência. A próxima audiência foi marcada para a quinta-feira.

No mês passado, o rei do Bahrein decretou lei marcial e convidou cerca de 1.500 soldados da Arábia Saudita e de outros Estados do Golfo para ajudar a conter um levante popular iniciado em 15 de fevereiro, inspirado nas revoltas que já derrubaram governos na Tunísia e no Egito.

O Bahrein é uma monarquia sunita e o governo tem buscado caracterizar a revolta como um levante xiita. Para os líderes sunitas da região, o levante no Bahrein pode aumentar a influência do Irã no país.

Não existe histórico de relações entre Teerã e os xiitas do Bahrein, ainda que a república islâmica tenha criticado tanto a repressão ao grupo quanto o envio de tropas sauditas ao país. A oposição no Bahrein, por sua vez, nega que Teerã tenha algum papel nos protestos.

O governo bareinita deteve centenas de pessoas que saíram às ruas de Manama para protestar por mais liberdade e direitos a partir de 15 de fevereiro. Dezenas de pessoas morreram na violenta repressão às manifestações. Pelo menos quatro opositores perderam a vida enquanto estavam sob custódia policial. As informações são da Associated Press.

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