Promotor paraguaio é suspeito em caso de morte de brasileiro

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O Ministério Público do Paraguai investiga a morte de um brasileiro que foi encontrado morto na região de fronteira. A suspeita é que Marcos Roberto Carrion, de 34 anos, tenha sido torturado e executado por policiais paraguaios. O crime também teria o envolvimento do promotor Daniel Fleitas.

Marcos Roberto Carrion desapareceu no dia 5 de julho. O desaparecimento foi comunicado a polícia no dia 7 de julho, mas o brasileiro foi encontrado morto no dia seguinte, uma quinta-feira. O corpo foi encontrado em um terreno baldio na cidade de Minga Guazú, município vizinho a Cidade de Leste.

De acordo com o telejornal ParanáTV 2ª Edição, da RPCTV, imagens das câmeras de segurança do prédio em que o brasileiro vivia no Paraguai foram repassadas a polícia e causaram uma reviravolta no caso. No dia em que Carrion desapareceu, ele teria saído de casa em seu carro às 15 horas. Perto das 18 horas, integrantes da polícia paraguaia e uma equipe do Ministério Público estiveram no prédio em que o brasileiro morava, renderam algumas pessoas em frente a porta de seu apartamento e entraram. Em seguida, um promotor que estava no local, identificado como Daniel Fleitas, saiu e limpou o que seriam marcas de sangue no chão.

O promotor Fleitas era responsável pela investigação do desaparecimento do brasileiro. Ele foi afastado e os outros funcionários do Ministério Público estão presos. Os cinco policiais que também aparecem nas imagens estão detidos e o superior deles deixou o cargo.

A polícia local, que conduz as investigações, diz que há indícios de envolvimento do brasileiro com o tráfico de drogas. A hipótese deles é de que Carrion pode ter se negado a dar dinheiro aos policiais e ao promotor para não ser preso.

O Ministério Público tem seis meses para concluir as investigações sobre o assassinato.