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Ex-motorista de ônibus escolar Ariel Castro se apresenta à corte em Cleveland, acusado de sequestro e estupro | John Gress/Reuters
Ex-motorista de ônibus escolar Ariel Castro se apresenta à corte em Cleveland, acusado de sequestro e estupro| Foto: John Gress/Reuters

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  • Onil e Pedro Castro, irmãos do suspeito, foram liberados

O norte-americano Ariel Castro foi indiciado ontem por estupro e sequestro, três dias após três mulheres que estavam desaparecidas havia quase uma década serem descobertas em sua casa. Ele compareceu ao tribunal na manhã de ontem. Castro olhou para o chão enquanto os advogados falavam com o juiz, que estabeleceu uma fiança de US$ 8 milhões.

O promotor do condado de Cuyahoga, em Cleveland, Timothy McGinty, disse ontem que quer pedir a pena de morte para Ariel Castro, que tem 52 anos.

A polícia disse ter conversado longamente tanto com Castro, que é ex-motorista de ônibus escolar, e com as três mulheres para montar o caso. O assistente da promotoria do município Brian Murphy disse que as mulheres foram espancadas repetidamente e exploradas sexualmente. Segundo ele, Castro usou as mulheres "de qualquer forma para autogratificação que ele pudesse pensar". Castro atraiu as mulheres ao seu veículo, de acordo com documentos apresentados ontem pelo tribunal.

A polícia disse que as mulheres foram aparentemente amarradas com correntes e cordas e mantidas em cômodos diferentes. Elas teriam sofrido abusos sexuais, psicológicos e vários abortos.

Kathleen DeMetz, uma defensora pública que representou Castro no tribunal, disse que ele será transferido para uma unidade médica prisional, onde acusados por crimes sexuais ou considerados potenciais suicidas são detidos. Ela disse que ele ficará em observação para evitar suicídio na prisão.

Castro não pode conversar com seus dois irmãos, que foram presos, mas não receberam nenhuma acusação, disse Kathleen. Os irmãos foram liberados. Nenhuma das mulheres deu algum indicativo de que os irmãos de Ariel Castro estejam envolvidos no caso.

As três desapareceram em circunstâncias diferentes entre 2002 e 2004 e foram encontradas na segunda-feira, depois que uma delas conseguiu sair da casa e entrar em contato com a polícia.

Segundo a autoridade policial, ainda permanece um mistério o fato de as mulheres terem sido mantidas na casa por tanto tempo. A filha de uma das vítimas, de seis anos, foi submetida a testes de paternidade para saber se ela é filha do suspeito.

Umas das filhas adultas de Ariel Castro disse estar envergonhada e arrasada com as supostas atitudes do pai. Arlene Castro afirmou ontem durante o programa Good Morning America, da rede ABC, que sente muito por tudo o que aconteceu.

Arlene era amiga de uma das mulheres, Gina DeJesus. Ela voltou para casa a pé com Gina, em abril de 2004, pouco antes de ela desaparecer. Aos prantos, Arlene disse que gostaria de ver sua amiga de novo e quer que ela conheça seus filhos.

A filha de Ariel vive atualmente em Indiana. Ela afirmou que sua relação com o pai nunca foi próxima e que nos últimos anos eles conversaram apenas brevemente.

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