Promotora ouvirá famílias de vítimas sobre pena de morte a atirador

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As famílias das 12 pessoas mortas a tiro em um cinema no Colorado, Estados Unidos, serão ouvidas sobre a possibilidade de a promotoria pedir a pena de morte de James Holmes, 24 anos, acusado de ter feito os disparos, que deixaram ainda 59 feridos.

O jovem atacou a plateia­­ durante uma sessão de Bat­­man, o cavaleiro das trevas ressurge no dia 20, em Aurora, na região de Denver.

James Holmes compareceu ontem pela primeira vez diante de um juiz para os pro­­cedimentos legais que podem culminar na sua condenação à pena de morte. Ele sentou-se no tribunal sem barbear-se, com o cabelo alaranjado e vestindo macacão bordô. Demonstrou pouca reação, olhando para o chão ou fechando os olhos.

Foi levantada a hipóte­­se de que ele estivesse sob medicação, mas não foi confirmada.

Holmes é mantido em solitária desde a madrugada de sexta, quando foi detido após atirar na plateia que assistia a Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge.

Ele ainda não foi acusado formalmente. Ontem, foi feito o mecanismo chamado "advisement", sem um equivalente no sistema penal brasileiro.

"Nessa primeira aparição, são informados os direitos, as suspeitas, por que ele está sendo mantido em detenção", disse Casimir Spencer, porta-voz da corte do condado de Arapahoe, responsável por esse caso.

A acusação formal deve ser feita na próxima segunda-feira. Ele deve ser julgado por homicídio em primeiro grau (doloso e premeditado), o equivalente ao homicídio qualificado, no Brasil.

Após a acusação, deve haver audiências preliminares, para a exposição dos fatos, para só então Holmes se declarar inocente ou culpado.

A promotora terá, a partir desse momento, 60 dias para decidir se pedirá a pena de morte. Essa decisão será tomada após a ela reunir-se com os familiares das vítimas.

A estimativa da promotoria é que o julgamento, por júri popular, pode demorar até um ano para começar, cumpridas as etapas – que variam, nos EUA, de estado para estado.