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Promotores russos fizeram buscas em escritórios da Anistia Internacional em Moscou nesta segunda-feira (25), no que ativistas disseram ser parte de uma campanha estatal para sufocar a dissidência.

Desde que voltou ao Kremlin em maio, o presidente Vladimir Putin assinou leis para aumentar o controle sobre as organizações não governamentais, exigindo que aquelas que recebem financiamento estrangeiro devem se registrar como "agentes estrangeiros", um termo ecoando hostilidades da época da Guerra Fria.

O Kremlin afirma que a legislação é necessária para impedir grupos de realizar espionagem para governos estrangeiros, mas os críticos de Putin veem essas buscas por autoridades do governo, que vão desde oficiais tributários a inspetores de incêndio como assédio.

"Essa inspeção não foi planejada", disse Sergei Nikitin, diretor na Rússia da Anistia Internacional.

O grupo de defesa de direitos humanos com sede em Londres, uma das várias ONGs a sofrerem buscas nas últimas semanas, afirmaram que autoridades dos escritórios de promotoria e tributação da Rússia se recusaram a especificar o motivo das averiguações.

"O motivo das pesquisas é a conformidade das operações das ONGs com os objetivos estatutários e a lei russa", informou a agência de notícias RIA, citando o Ministério da Justiça russo.

Ativistas de direitos humanos dizem que as buscas são provavelmente para coletar provas de atividades que os obriguem a se registrar como "agentes estrangeiros" sob a lei.

As sanções por não cumprir os requisitos incluem suspensão de seis meses sem uma ordem judicial e, para os indivíduos, até três anos de prisão.

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