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A Promotoria de Avellino, no sul da Itália, abriu investigação nesta segunda-feira (29) contra a empresa dona do ônibus que se envolveu em um acidente que deixou 39 mortos na Itália, ontem. Os agentes buscam responsabilizar a companhia por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

Segundo o Ministério dos Transportes, pelo menos dez pessoas ficaram feridas em estado grave após o acidente. O ônibus, que transportava 48 pessoas, voltava de Pietrelcina, cidade de peregrinação católica italiana. Dentre os mortos, está uma criança.

A imprensa italiana afirma que as vítimas eram amigos e moravam nas localidades de Giuliano de Campânia, Mugnano de Napoli e Marano, e costumavam organizar excursões. O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, pediu um minuto de silêncio às vítimas durante um seminário sobre a crise europeia que participa em Atenas.

De acordo com os jornais italianos, a investigação sobre o acidente se concentrará na responsabilidade do motorista, que morreu no acidente, no estado de conservação do veículo e na qualidade da barreira de proteção da estrada, destruída pelo ônibus.

A polícia de tráfego italiana recolheu os documentos da empresa Mondotravel, responsável pelo veículo, e fará um exame no corpo do motorista para verificar se ele estava embriagado no momento do acidente. A polícia também trabalha com as suspeitas de falha nos freios e excesso de velocidade.

Acidente

O acidente aconteceu em um viaduto da estrada A16, entre Nápoles e Bari, na região de Monteforte Irpino, a 50 km de Nápoles. O ônibus vinha em alta velocidade por uma descida e bateu em pelo menos dez veículos antes de quebrar uma barreira em uma curva e cair em uma ribanceira.

No momento da queda, o ônibus capotou diversas vezes e dezenas de passageiros foram ejetados. De acordo com testemunhas, o veículo pode ter tido problemas com os freios. O ônibus, partido em dois, foi retirado na manhã desta segunda.

O ginásio da escola Dom Bosco, de Monteforte Irpino, foi transformado em necrotério para que os familiares pudessem identificar as vítimas. Todos eles se conheciam e se apoiaram e consolaram durante toda a noite, enquanto eram chamados para entrar no ginásio.

Há quem lembre que muitos deles já tinham reservado a próxima excursão, uma semana na Croácia, organizada como sempre por Luciano Caiazzo, o "chefe do grupo", dono de um açougue em Pozzuoli (Nápoles), e que também morreu no acidente.

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