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A proposta da guerrilha Forças Amadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de reformar as Forças Militares, a polícia e os serviços de inteligência do Estado causou revolta em alguns setores do país, onde foi rejeitada por vários setores que a consideram um enfraquecimento dos corpos de segurança.

Desde Havana, sede dos diálogos de paz entre o Executivo e os rebeldes há mais de dois anos, as Farc disseram que entre as mudanças estariam a redução das despesas de defesa e do tamanho das Forças Militares.

Em comunicado lido pelo negociador guerrilheiro Seuxis Paucias Hernández, conhecido como "Jesús Santrich", as Farc também pedem a "depuração" do Estado, do setor militar e dos organismos de inteligência "comprometidos com processos de vitimização", e a abertura pública dos arquivos do exército, da polícia e dos serviços de Inteligência.

Um dos primeiros a criticar a proposta das Farc foi o senador Roy Barreras, presidente do Partido da União Nacional, ao qual pertence o chefe de Estado colombiano, Juan Manuel Santos, que qualificou de "atrevida" e "desrespeitosa" a iniciativa.

"A proposta de Santrich em Cuba é atrevida e desrespeitosa. Que fique claro que o futuro das FF.MM. não é negociado em Havana", escreveu em seu conta no Twitter.

Barreras, também presidente da Comissão de Paz do Senado, lembrou que horas antes da proposta das Farc, os partidos políticos da coalizão de governo expressaram ao ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, seu respaldo às Forças Armadas e se comprometeram a impulsionar no Congresso projetos que ampliem suas garantias jurídicas.

Barreira ressaltou que a exigência das Farc "é impossível de aceitar" porque as Forças Armadas são as encarregas de manter a ordem.

Santos disse várias vezes que nos diálogos com as Farc não se negocia o futuro das Forças Armadas e da polícia.

Os representantes do governo e das Farc começaram a negociar em novembro de 2012 em Cuba e por enquanto alcançaram três pré-acordos em matéria de terras, participação política e substituição de cultivos ilícitos. Espera-se que neste ano conclua o diálogo com um acordo definitivo de paz.

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