Anneli Alderton, 24 anos, uma das cinco prostitutas assassinadas na cidade inglesa de Ipswich, estava grávida de três meses, informou neste sábado a comissária adjunta do condado de Suffolk, Jacqui Cheer. Apesar de a informação não ser relevante para o inquérito, Cheer acredita que houve avanços na investigação desta série de assassinatos sem precedentes nos últimos 25 anos na Grã-Bretanha.
- Se compararmos a investigação a um quebra-cabeça para descrever os avanços que estamos conseguindo, podemos dizer que construímos as bordas e falta completar o centro - acrescentou.
A polícia britânica divulgou imagens de um circuito interno do metrô que mostram Anneli Alderton, tomando um trem que ia de Harwich para Colchester, no dia 3 de dezembro. Anneli Alderton, cujo corpo foi encontrado no dia 10 dezembro, uma área florestal de Nacton, próxima à cidade de Ipswich, aparece no vídeo vestida com uma jaqueta negra, calças jeans, sapatos brancos e o cabelo preso.
Em entrevista coletiva, o detetive da polícia do condado de Suffolk, Stewart Gull, fez um apelo aos cidadãos para que relatem qualquer informação sobre os últimos passos da jovem de 24 anos. Além disso, os investigadores fizeram um apelo aos cidadãos para que informem caso encontrem peças de roupa que possam ter pertencido à vítima.
- Queremos saber em que estação ela desceu e para onde foi depois - disse Gull.
A polícia já recebeu 7 mil ligações telefônicas de pessoas com informações para colaborar com a investigação e atualmente monitora cerca de 10 mil horas de imagens de câmeras de vigilância para tentar reconstruir os últimos movimentos das mulheres mortas.
Segundo Gull, entre 50 e 100 pessoas estão sendo investigadas, mas ninguém foi interrogado como suspeito ainda. Apesar de a polícia não querer usar o termo "assassino em série", o detetive admitiu que os assassinatos têm as mesmas características e "é possível que tenham sido cometidos pelo mesmo indivíduo", embora possam existir "outros implicados".
Desde o início das investigações, nenhum veículo foi apreendido. No entanto, o motorista de um BMW que supostamente teria convidado Alderton para fazer um programa foi entrevistado. A polícia também quer investigar um homem que, na sexta-feira, compareceu à missa rezada em memória das vítimas em companhia de uma jovem prostituta que também as conhecia. Andrew Purdy, de 44 anos, declarou à imprensa local que era "amigo" das meninas, com as quais costumava conversar.
Apesar da ausência de suspeitos e dos poucos indícios materiais, Gull afirmou que os investigadores "estão fazendo progressos". Cerca de 350 agentes de 31 organizações policiais da Grã-Bretanha participam da investigação, uma das maiores realizadas no país.
Também estão sendo investigadas independentemente, mas de forma coordenada, as mortes de Gemma Adams, 25, cujo cadáver foi encontrado em 2 de dezembro em um córrego em Hintlesham; Tania Nicol, 19, descoberta no dia 8 na mesma corrente em Copdock; Anneli Alderton, 24, que foi achada no dia 10 em Nacton; Paula Clennell, 24, e Annette Nicholls, 29, encontradas no dia 12 em uma floresta de Levington.
MINUTO DE SILÊNCIO
Neste sábado, antes do início do jogo de futebol entre o time local de Ipswich Town e o Leeds United foi feito um minuto de silêncio em respeito às cinco vítimas. Todas as mulheres encontradas mortas estavam nuas, mas não mostravam sinais de violência ou agressão sexual. Três delas - Nicol, Adams e Nicholls - foram achadas com suas jóias no corpo, informou a polícia.
Os investigadores forenses disseram que Clennell foi morta por "pressão no pescoço" e Alderton foi estrangulada, mas ainda não determinaram as causas das mortes de Nicol, Adams e Nicholls continuam.
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