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Cerca de 40 mil pessoas exigiram eleições antecipadas na Geórgia durante um protesto nesta sexta-feira contra o presidente Mikhail Saakashvili. O evento é a maior manifestação de descontentamento público desde a revolução de 2003 que o levou ao poder.

Simpatizantes da oposição reuniram-se na frente do prédio do Parlamento - palco dos decisivos eventos na pacífica revolução de quatro anos atrás - e disseram que não sairão de lá até que suas exigências sejam cumpridas.

"Queremos que o nosso povo seja o mestre do nosso país, não os escravos", disse Shalva Natelashvili, uma das líderes do bloco de oposição. "Queremos um governo que sirva a seu povo e não vice-versa como é agora."

Os líderes do protesto exigem que Saakashvili abra discussões com eles até a noite de sexta-feira. Entre as exigências estão eleições parlamentares antecipadas e um maior monitoramento da oposição no pleito.

Saakashvili, que quer integrar a Geórgia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e na União Européia (UE), frequentemente fala de suas credenciais democráticas, mas críticos dizem que isso é fachada para a intolerância dele com dissidentes e alguns abusos aos direitos humanos durante seu governo.

A campanha da oposição não questiona a tomada pró-Ocidente do presidente, mas nutri-se da preocupação com o padrão de vida - que não subiu com a rapidez que os georgianos esperavam depois da revolução.

A oposição quer que as eleições parlamentares aconteçam no começo de 2008, em vez de mais no final do ano.

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