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Cerca de 20 pessoas ficaram feridas no confronto com a polícia em El Alto, na Bolívia | Gaston Brito/Reuters
Cerca de 20 pessoas ficaram feridas no confronto com a polícia em El Alto, na Bolívia| Foto: Gaston Brito/Reuters

A polícia boliviana reprimiu esta terça-feira (28) com gás lacrimogêneo e jatos d'água um violento protesto de estudantes da universidade de El Alto, cidade vizinha a La Paz e reduto eleitoral do presidente Evo Morales, deixando 20 feridos e 54 detidos, informou um chefe de polícia.

"Foram detidos 48 estudantes homens e 6 mulheres estudantes da Universidade Pública de El Alto, que serão levados à instância do Ministério Público e será esta instância que dará as cartas no assunto", informou o coronel Roberto Ocampo, chefe da Força Especial de Luta contra o Crime (FELCC) de La Paz.

Anteriormente, o chefe da unidade policial de El Alto, coronel Edgar Carrasco, havia dito que "temos que lamentar os cerca de vinte feridos e também 28 estudantes e agitadores detidos, identificados como agressores e autores da depredação (de cabines de pedágio)".

Centenas de estudantes interromperam por duas horas a autoestrada que leva ao aeroporto e atacaram, com pedras e dinamite, as cabines, uma delegacia policial e veículos de transporte público, sendo em seguida reprimidos pela polícia.

Motivo

O protesto foi motivado pela divisão dos recursos públicos entre as universidades públicas instaladas na área de La Paz e adjacências.

A Universidade Pública de El Alto, com 20 mil estudantes, se recusa a receber apenas 20% do orçamento total da educação prevista para 2012 em La Paz e pede 50%.

A Universidade pública San Andrés (UMSA), que recebe os 80% restantes para 82.000 estudantes, se nega a reduzir seu orçamento e dividir em partes iguais com El Alto.

O Estado boliviano financia 15 universidades públicas com recursos de impostos, especialmente a produção de hidrocarbonetos.

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