O povo nas ruas
Dia de orações leva multidões às ruas no Oriente Médio e norte da África:
Síria Repressão no subúrbio de Damasco fazem as primeiras 3 vítimas na capital desde o início dos protestos no país.
Iêmen Estimadas centenas de milhares de pessoas foram às ruas exigir a saída de ditador nas maiores manifestações em um mês.
Egito Milhares de pessoas voltaram à praça Tahrir, símbolo da revolta no país, para pedir condenações contra Mubarak e aliados.
Jordânia Forças de segurança foram acionadas para deter manifestantes pró e contra rei Abdullah 2º em frente a prédios do governo.
Fonte: Folhapress
Damasco - Milhares de sírios tomaram ontem as ruas de cidades pelo país, desafiando as forças de segurança, que entraram em confronto com os manifestantes. Houve confrontos em que a polícia usou gás lacrimogêneo e cassetetes contra os civis em várias cidades, incluindo Deraa e Latakia.
Os protestos, no entanto, foram reprimidos com maior violência na cidade de Duma, logo ao norte de Damasco, onde pelo menos 9 pessoas foram mortas, disseram uma testemunha e um ativista dos direitos humanos. No vilarejo de Sanamen, perto de Deraa, a polícia disparou contra manifestantes e matou outras 3 pessoas, disse um ativista dos direitos humanos.
A agência estatal de notícias Sana disse que uma menina foi morta na cidade industrial de Homs, ao norte de Damasco, quando homens armados dispararam contra uma multidão. Homs é a terceira maior cidade do país.
Repressão
Agentes de segurança à paisana ocuparam as principais praças de Damasco para intimidar e evitar que moradores participassem dos protestos, segundo testemunhas. Com os casos de ontem, sobe a pelo menos 84 o número de mortos na Síria desde o início das manifestações contra o governo, em 18 de março, de acordo números dos grupos de defesa dos direitos humanos e das agências de notícias Dow Jones e Associated Press.
A impreqnsa está sob forte restrição na Síria. Dois jornalistas da Associated Press receberam a ordem para deixarem o país em menos de uma hora. A agência Sana reconheceu pela primeira vez que a Síria enfrenta protestos por reformas. Mesmo assim, o governo voltou a culpar "gangues armadas" pela violência.
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