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Manifestante carrega a bandeira do Egito durante protesto no Cairo, neste sábado | Yannis Behrakis/Reuters
Manifestante carrega a bandeira do Egito durante protesto no Cairo, neste sábado| Foto: Yannis Behrakis/Reuters

Egito tem ao menos 74 mortos em protestos, segundo fontes

Ao menos 74 pessoas foram mortas nos protestos pelo fim do governo de Hosni Mubarak no Egito, de acordo com um cálculo da Reuters a partir de fontes médicas, hospitais e testemunhas.Não há um dado oficial, e o número real pode ser muito diferente, devido à confusão nas ruas do país.

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Bloqueio à internet no Egito é o pior da história

A escala do bloqueio à internet e à telefonia celular em curso no Egito não tem precedentes na história de ambas as tecnologias disseram especialistas. Do presidente norte-americano, Barack Obama, aos milhões de integrantes das redes sociais e grupos de defesa dos direitos humanos, quase todos condenaram a decisão das autoridades egípcias.

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Centenas de manifestantes antigoverno voltaram neste sábado às ruas do centro do Cairo, gritando slogans contra Hosni Mubarak horas depois de o presidente do Egito ter dissolvido seu gabinete de ministros e prometido reformas. Ele recusou-se a renunciar e disse que nomeará um novo ministério ainda neste sábado (29).

A visão de manifestantes em confronto com a polícia pelo quinto dia consecutivo indica que o discurso de Mubarak, levado ao ar pela televisão logo depois da meia noite local, não conseguiu amainar os ânimos da população, que protesta contra a pobreza, o desemprego e a corrupção.

Em cinco dias de protestos - o maior a ocorrer no país em décadas - multidões entraram em confronto com as forças policiais do Cairo e em outras cidades.

Durante a madrugada deste sábado, o governo convocou o exército, que substituiu a polícia civil na proteção de edifícios governamentais e outras áreas da capital. Vários tanques estão estacionados na Tahrir Square, onde se concentram os protestos, mas os soldados não intervieram nas manifestações. "Queremos que Mubarak saia, não apenas seus ministros", disse Mohammed Mahmoud um dos manifestantes. "Não desistiremos até que ele se vá".

Parte dos serviços de telefonia celular foi restaurada neste sábado no país. Na sexta, o governo mandou que as operadoras interrompessem o serviço na tentativa de frustrar os protestos, já que após a internet ser bloqueada os manifestantes recorreram às mensagens de celular para coordenar os protestos.

Os serviços das operadoras Vodafone, a maior do país, e a Mobinil voltaram a funcionar na manhã de hoje. A internet, contudo, continua bloqueada.

Brasil

O Itamaraty divulgou nota oficial em que afirma que o governo brasileiro acompanha com atenção o desenrolar dos acontecimentos no Egito, na Tunísia e no Iêmen.

Leia a íntegra:

O Governo brasileiro acompanha com atenção o desenrolar dos acontecimentos no Egito, na Tunísia e no Iêmen.

O Governo brasileiro expressa sua expectativa de que as nações amigas encontrarão o caminho de uma evolução política capaz de atender às aspirações da população em ambiente pacífico e sem interferências externas, de modo a dar suporte ao desenvolvimento econômico e social em curso.

O Brasil e os países da América do Sul desenvolvem cooperação crescente com os países árabes. Em 16 de fevereiro, em Lima, terá lugar a III Cúpula América do Sul - Países Árabes (ASPA). Será uma oportunidade de renovação do diálogo com lideranças da região.

O Egito é um importante parceiro do Mercosul (em 2010, foi assinado acordo de livre comércio). O bloco tem ampliado seu relacionamento com os países árabes, como se verifica nas negociações em curso com Jordânia, Síria e Palestina.

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