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Presidente da França Nicolas Sarkozy (dir.) está próximo de uma expressiva vitória contra os sindicatos por causa da reforma previdenciária | Reuters
Presidente da França Nicolas Sarkozy (dir.) está próximo de uma expressiva vitória contra os sindicatos por causa da reforma previdenciária| Foto: Reuters

Paris - O presidente da França, Nicolas Sarkozy, se aproxima na quarta-feira de uma expressiva vitória em seu confronto com os sindicatos por causa da reforma previdenciária, que já teve a aprovação final da Assembleia Nacional, enquanto a adesão às greves e manifestações vai diminuindo.

O transporte público está voltando ao normal, cinco refinarias retomaram a distribuição de combustíveis, e os garis de Marselha encerraram sua greve e começaram a recolher as pilhas de lixo pútrido que se formaram em duas semanas de paralisação.

O principal foco de preocupação do governo agora é a greve dos portuários no terminal petrolífero de Fos-Lavera, que começou há um mês, sem relação com os protestos contra a reforma previdenciária. A paralisação impede que refinarias recebam petróleo bruto e reiniciem suas operações.

A reforma previdenciária, que eleva a idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos, provocou o maior e mais feroz movimento de toda a Europa contra as medidas de austeridade adotadas por vários governos para controlarem seus déficits e dívidas.

Os sindicatos não desistiram dos protestos - uma jornada nacional de manifestações está programada para quinta-feira - , mas o presidente da influente central sindical CGT, Bernard Thibault, admitiu que eles entraram em um "novo ciclo" depois da aprovação final das últimas emendas do pacote, com o voto favorável de 336 deputados.

"Amanhã convidamos centenas de milhares de pessoas a pedirem ao presidente da República que não promulgue essa lei", disse ele à rede de TV France 3.

Os sindicatos querem a adesão de aeroviários e ferroviários, mas a expectativa é de transtornos limitados nos transportes.

A reforma ainda precisa passar pelo Conselho Constitucional, e uma moção contrária da oposição socialista pode retardar a aprovação em alguns dias, mas sem reverter a medida.

Além das manifestações de quinta-feira, os sindicatos convocaram protestos também para 6 de novembro. Na terça-feira, poucas centenas de estudantes participaram de passeatas, e o ímpeto do movimento parece estar se esvaindo.

No caso dos portuários de Fos-Lavera, eles decidiram manter sua greve até chegarem a um acordo que impeça a privatização das operações do terminal. Cerca de 80 navios-tanque com petróleo ou derivados estão fundeados na quarta-feira à espera de poderem atracar.

No porto de Le Havre, os trabalhadores decidiram na quarta-feira manter por mais um dia sua greve contra a reforma previdenciária, que impede a chegada de petróleo bruto às refinarias do norte da França.

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