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Polícia russa prende manifestante com máscara de Vladimir Putin | Alexander Demianchuk/Reuters
Polícia russa prende manifestante com máscara de Vladimir Putin| Foto: Alexander Demianchuk/Reuters

Eleições

Denúncias de fraudes serão investigadas

O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, disse que as supostas fraudes nas eleições parlamentares do país serão investigadas. Ele afirmou ontem que a lei pode ter sido violada durante a votação de domingo porque "nossa lei eleitoral não é a ideal". As supostas fraudes motivaram a realização de protestos por todo o país. Uma grande manifestação é esperada para amanhã. O presidente russo pediu calma aos cidadãos durante a investigação. Ele afirmou que "especialistas, não pessoas comuns", vão apurar o caso.

Medvedev declarou que entende que algumas pessoas estejam desapontadas com o resultado eleitoral, mas que "os números correspondem totalmente às estimativas dos analistas e às pesquisas de opinião". Segundo ele, o povo tem o direito de livre expressão e de questionar, porém tem de fazer isso dentro da lei.

Manifestantes tomaram as ruas de Moscou e São Petersburgo por três noites consecutivas, apesar da forte presença policial.

Agência Estado

As recentes declarações da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, questionando a integridade do processo eleitoral russo, deram início a uma nova troca de farpas na já desgastada relação Washington-Moscou.

O premiê russo, Vladimir Putin, acusou ontem Hillary de fomentar o "caos" e encorajar as manifestações contra o resultado das eleições parlamentares – que deram, novamente, maioria para o seu partido, o Rússia Unida, na Duma (câmara baixa).

Centenas de pessoas foram presas em protestos reprimidos nesta semana. Segundo Putin, as declarações da secretária americana "deram um sinal" a ativistas no país. "Eles escutaram o sinal e, com o apoio do Departamento de Estado, começaram a trabalhar ativamente", disse o premiê, que já é candidato a mais um mandato à Presidência, em 2012.

Ele ainda disse que Washing­­ton tem gastado "centenas de milhões" de dólares para in­­fluenciar a política russa.

O porta-voz do Departamen­­to de Estado, Mark Toner, disse que as acusações "não poderiam estar mais distantes da realidade".

Hillary também assegurou que os EUA continuarão defendendo os "direitos do povo russo", depois de sugerir que o pleito não foi "livre nem justo" e que a população merece investigações sobre fraudes.

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