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Presidente russo Vladimir Putin durante conferência de imprensa em Moscou | Maxim Zmeyev/Reuters
Presidente russo Vladimir Putin durante conferência de imprensa em Moscou| Foto: Maxim Zmeyev/Reuters

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, adotou um duro tom ao falar sobre os países do Ocidente nesta quinta-feira (18). Putin acusou as nações ocidentais de tentar conter e desarmar a Rússia em relação a tomar controle de seus recursos naturais. Os problemas econômicos atuais, afirmou, são o custo da independência e da soberania.

Perguntado por um repórter da televisão russa sobre novas divisões que surgiram na Europa desde a crise na Ucrânia, Putin culpou o Ocidente pelas tensões ao alegar que esses países "não pararam de construir muros", após o fim da Guerra Fria. O presidente acusou o Ocidente de expandir a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em direção a fronteiras da Rússia e ampliar um sistema antimísseis.

"Não é uma questão da Crimeia, estamos defendendo a nossa independência, nossa soberania e nosso direito de existir, todos nós devemos entender isso", disse o dirigente mais tarde, em resposta a uma pergunta sobre se os atuais problemas econômicos eram "pagamento da Crimeia", a região que era ucraniana até a Rússia anexar em março.

Em uma linguagem dura, Putin voltou a usar uma analogia ao comparar a Rússia a um urso na região de taiga, alegando que era ingenuidade esperar que o Ocidente deixaria a Rússia tranquila. "Eles vão sempre tentar prendê-la sob correntes e, uma vez que, eles usaram essas correntes, eles vão tirar seus dentes e garras, o que neste caso significa a nossa capacidade de dissuasão nuclear estratégica", disse.

"Uma vez que eles tiverem a taiga, eles não vão precisar do urso", afirmou, acusando os líderes ocidentais de dizer publicamente que a Rússia deveria ser privada de seus vastos recursos naturais. Putin falava diante de centenas de jornalistas russos e estrangeiros que se reuniram para sua conferência anual de imprensa, no centro de Moscou.

A União Europeia e os EUA têm ficado em um impasse com a Rússia sobre a política do Kremlin na Ucrânia durante a maior parte do ano. Sanções ocidentais têm contribuído para a queda do rublo, embora Berlim tenha dito que não há relação direta.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou na quinta-feira que defendeu sua postura dura contra a Rússia, salientando que as sanções econômicas permanecem "inevitáveis", visto que o Kremlin desrespeita o direito dos países de autodeterminação e valores europeus.

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