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O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu no trailer de um documentário que ordenou a retomada da Crimeia pela Rússia. Na atração, que irá ao ar no aniversário da anexação da península do controle ucraniano, Putin relata que tomou a medida após completar a retirada do então presidente do país, Viktor Yanukovich, que se exilou em território russo.

“Encontrei com funcionários da segurança para planejarmos uma saída para Yanukovich. Estávamos preparados para tirá-lo de Donetsk (Leste do país e hoje um dos centros de atuação dos separatistas), por terra, mar ou ar”, relatou o presidente russo, que tinha com o par ucraniano uma aliança que enfraquecia a atuação do Ocidente na região. “Depois que conversamos e conseguimos retirá-lo de Donetsk, ordenei que trabalhassem no retorno da Crimeia à Rússia.”

Os fortes protestos em Kiev acabaram com a tomada da sede do governo em fevereiro de 2014, e forças separatistas pró-Rússia começaram uma invasão ao Leste do país, amparadas por Moscou. A começar pela Crimeia, outras regiões foram alvo da atuação de rebeldes. Eles declararam independência em locais como Donetsk e Luhansk, e exigem hoje autonomia a Kiev caso o novo acordo de cessar-fogo persista. Putin originalmente negava que tivesse dado origem a ofensivas contra os governos estabelecidos em regiões do Leste. Na Crimeia, no entanto, ele já admitia a presença de tropas, veículos e armamentos russos.

De cultura predominantemente russa, a Crimeia foi anexada pela Ucrânia em 1954, durante o período da União Soviética. No referendo de março de 2014, 97% dos eleitores aprovaram o retorno à Rússia. A Ucrânia e a comunidade internacional não reconheceram o pleito. Dois dias depois, em 18 de março, Putin e os líderes eleitos na península assinaram um acordo que restaurava a Crimeia ao território russo. O documentário sobre a operação será exibido na TV estatal russa.

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