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Decreto assinado por Putin prevê que benefícios serão pagos para quem chegou à Rússia a partir de 18 de fevereiro, seis dias antes do início da guerra
Decreto assinado por Putin prevê que benefícios serão pagos para quem chegou à Rússia a partir de 18 de fevereiro, seis dias antes do início da guerra| Foto: EFE/EPA/MIKHAIL KLIMENTYEV/KREMLIN/SPUTNIK

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto para que ucranianos que chegarem ao território russo recebam pagamentos.

Segundo informações da agência russa Tass, alguns grupos, como pessoas com deficiência e idosos acima de 80 anos, receberão 10 mil rublos (cerca de R$ 840) mensalmente. Mulheres grávidas terão direito a pagamentos únicos de igual valor.

Ainda de acordo com a Tass, os pagamentos serão retroativos a 1º de julho. Os que chegaram à Rússia vindos da Ucrânia a partir de 18 de fevereiro, seis dias antes do início da guerra, incluindo das regiões de Donetsk e Luhansk (onde separatistas pró-Rússia declararam duas repúblicas independentes em 2014, desencadeando uma guerra civil), terão direito ao benefício. Os pagamentos serão feitos até 31 de dezembro.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro sob o pretexto de proteger “russos étnicos” e tem realizado um processo de russificação nos territórios que ocupa nas regiões de Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk, com distribuição de passaportes, implantação do currículo russo nas escolas, entre outras medidas. Também planeja referendos nessas áreas para que sejam incorporadas à Rússia.

A migração para o território russo em muitos casos é forçada, segundo os Estados Unidos: no mês passado, o Departamento de Estado americano informou que as autoridades russas interrogaram, detiveram e deportaram à força para a Rússia entre 900 mil e 1,6 milhão de cidadãos ucranianos, incluindo 260 mil crianças.

Esta semana, um relatório da Universidade de Yale produzido em colaboração com o Departamento de Estado apontou que a Rússia opera pelo menos 21 centros de detenção e interrogatório para civis e prisioneiros de guerra ucranianos em áreas ocupadas de Donetsk, locais que funcionam como um sistema de filtragem e onde são comuns violações de direitos humanos.

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