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Presidente russo, Vladmir Putin, durante cerimônia em memória da Invasão Nazista à União Soviética | Alexei Druzhinin/Reuters
Presidente russo, Vladmir Putin, durante cerimônia em memória da Invasão Nazista à União Soviética| Foto: Alexei Druzhinin/Reuters

Repercussão

ONU elogia iniciativa de Poroshenko e oferece ajuda humanitária

Efe

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse ao presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, que apoia o plano de paz e afirmou confiar que servirá para reduzir a violência e as tensões no leste do país. Ban telefonou no sábado para Poroshenko, elogiou a iniciativa de cessar-fogo e mostrou esperança de ela ganhar força. O secretário-geral "reiterou o compromisso das Nações Unidas de ajudar a resolver a crise no leste da Ucrânia", explicou ontem seu porta-voz.

Eles também discutiram a situação humanitária no país e Ban reforçou a disposição da organização em trabalhar com as autoridades ucranianas para apoiar os deslocados no conflito. O presidente ucraniano anunciou na sexta-feira um cessar-fogo e apresentou um plano de paz para a resolução do conflito armado entre os insurgentes pró-russos e o Exército.

Documento

A proposta de paz inclui garantias de segurança para os participantes de eventuais negociações, a libertação dos reféns e a rejeição à perseguição judicial dos que depuserem as armas. Prevê, ainda, a criação de uma zona especial de controle estatal de fronteiras, a abertura de corredores para saída sem obstáculos dos combatentes e a desocupação de sedes de organismos estatais.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pede aos dois lados do conflito na Ucrânia que sentem para negociar. Ele exige que um compromisso seja firmado para garantir os direitos dos russos residentes no país, que devem se sentir como "parte integral" da Ucrânia.

Separatistas pró-Rússia pedem a independência, mas Moscou tem rejeitado os apelos. A Ucrânia alega, no entanto, que a Rússia apoia os insurgentes.

Putin falou ontem durante cerimônia em memória da Invasão Nazista à União Soviética, em 1941, e os comentários seguem um comunicado, enviado também neste final de semana, em que o presidente russo apoiou a decisão do presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, de declarar cessar-fogo.

Pressão europeia

Também ontem, o presidente da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, haviam conversado por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para pedir que favoreça as negociações na Ucrânia e que controle a fronteira com esse país para evitar a chegada de material bélico.

Conforme informou o governo francês em comunicado, Hollande e Merkel, que mantiveram uma conversa conjunta com o governante russo, a segunda desde a quinta-feira, abordaram a declaração deste após o anúncio de cessar-fogo feito pelo presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko.

"Pediram a todas as partes do conflito que cessem as hostilidades e pediram ao presidente russo que favoreça o retorno às negociações", informou o pronunciamento francês. Hollande e Merkel "lembraram a importância de garantir plenamente o controle da fronteira russo-ucraniana para evitar a infiltração de materiais e de homens armados".

Segundo o Kremlin, "Putin apoiou a decisão do presidente Poroshenko de fazer um plano de paz". E o comunicado sobre a conversa telefônica informou ainda: "Foi destacado que as intenções expressadas pelo chefe de Estado da Ucrânia devem incluir um cessar-fogo real".

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