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Cerimônia nesta segunda (20)

Putin parabeniza Trump pela posse e diz que está aberto a retomar “contatos diretos”

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o ditador russo, Vladimir Putin, após cúpula na Finlândia, em 2018 (Foto: EFE/ Anatoly Maltsev)

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O ditador da Rússia, Vladimir Putin, parabenizou nesta segunda-feira (20) Donald Trump por sua iminente posse como 47º presidente dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que expressou sua disposição de retomar "contatos diretos" com a Casa Branca.

"Ouvimos suas declarações sobre a necessidade de fazer todo o possível para evitar uma Terceira Guerra Mundial. Claro, acolhemos esse espírito e parabenizamos o presidente eleito dos EUA por sua posse", disse durante uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da Rússia dedicada exclusivamente às relações com os Estados Unidos, cujo início foi transmitido pela televisão pública.

Putin lembrou que sua vitória nas eleições presidenciais de novembro foi "convincente" e que ele demonstrou "coragem" durante a campanha, que não foi fácil para Trump e sua família "porque incluiu uma tentativa de assassinato".

Ele também enfatizou que Moscou tomou nota das declarações de Trump e sua equipe "sobre o desejo de retomar os contatos diretos com a Rússia, que foram interrompidos não por nossa culpa, mas por culpa do governo cessante".

Nesse sentido, o ditador alegou que a Rússia "nunca" desistiu do diálogo e sempre se mostrou disposta a estabelecer "relações de cooperação com qualquer governo americano".

"Partimos de que o diálogo deve ser baseado na igualdade e no respeito mútuo, levando em consideração o papel significativo que desempenham nossos países em uma série de questões importantes na agenda global, incluindo o fortalecimento da estabilidade e segurança estratégica", pontuou.

Em particular, Putin destacou que Moscou está "aberta" ao diálogo com o novo governo dos EUA sobre a solução do conflito ucraniano. "O mais importante aqui é erradicar as causas profundas da crise", disse, em uma clara alusão à aproximação da infraestrutura militar da OTAN às fronteiras russas.

Ele também enfatizou que o objetivo do acordo na Ucrânia "não deve ser uma trégua breve, nem uma pausa para reagrupamento ou rearmamento para continuar o conflito, mas uma paz duradoura baseada no respeito pelos interesses legítimos de todas as pessoas, de todos os povos que vivem nesta região".

Putin acrescentou que, não importa o que aconteça, a Rússia continuará lutando pelos interesses de seu povo em relação à chamada "operação militar especial" lançada em fevereiro de 2022, evitando usar a palavra "guerra" ou "invasão".

Durante a reunião, o chefe do Kremlin ouviu um relatório do ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, sobre as relações com os Estados Unidos.

O Kremlin espera que o próprio Trump tome a iniciativa de ligar para o ditador Putin.

"Não quero dar a impressão de que Moscou está sentada e esperando o telefonema de Washington. Não, estamos calmamente esperando a equipe de Trump tomar posse e ele entrar no Salão Oval. Depois disso, nós veremos", disse recentemente Yuri Ushakov, conselheiro presidencial para assuntos internacionais.

Conteúdo editado por: Isabella de Paula

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